CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
(Ouçam-me, pra que eu possa…)
Ouçam-me só, para que eu possa…
O que escuto possuí um nó oblíquo como o destino,
Tem vazios e interstícios complexos, ausências,
Prevalece o que puder eu fundear entre as marés,
Amor, saudade ou o que a serenidade existencial
Conseguir não explicar e o que eu escuso,
Apesar de ser segredo, debato-a comigo,
É uma Pérgula d’esguelha com roseiras,
Nem-abertas nem-fechadas, invisível
Da entrada. O que me dói tanto é oblíquo,
Quanto a esfera armilar, do lado onde tudo pende,
É abismo fundo em mar noz, donde parece,
Ninguém vem e onde nem no chão cresce avenca,
Que erre eu o rumo tanto se me dá e ainda assim
Entendo mas não estou errado quando escuto
O preciso momento em que absoluto iniquo
Do meu pensar toca o imo do que sinto,
Se calhar atento, eu escuto a analogia dos erros
Repetidos noutra e noutras dimensões, ironia
Do órgão nativo e sem tempo que dói sem doer,
Mas seduz-me o espreitar pelas frinchas do mundo,
E o enrolar das ondas vela-me aquando a bonança,
Reina e o temporal amaina e me amansa, nasço
Ao destino com alfaias em forma de sinetas
De mil por mil alternáveis movimentos de ir e de vir,
A minha vida cresceu enviusada e em nó,
Ouçam-me só pra que eu possa ouvir
Quem cala e passa, que me diga onde pára
Meu destino, longe amonte e me foge ocioso,
Sem amarra nem mar pra parar,
Onde há-de ele me ir sonhar,
Onde há-de ele me vir sonhar,
(Ouçam-me só, pra que eu possa…)
Jorge Santos (12/2014)
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2713 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | cacos de sonhos | 0 | 1.065 | 01/07/2011 - 17:44 | Português | |
Poesia/Geral | O Triunfo do Tempo | 0 | 1.499 | 01/07/2011 - 17:36 | Português | |
Poesia/Geral | Nau d'fogo | 4 | 2.680 | 01/07/2011 - 10:06 | Português | |
Poesia/Geral | Carta a uma poeta | 4 | 1.276 | 01/06/2011 - 15:00 | Português | |
Poesia/Gótico | Dò,Ré,Mi... | 1 | 1.136 | 12/30/2010 - 14:16 | Português | |
Poesia/Geral | Príncipe Plebeu | 1 | 1.565 | 12/29/2010 - 22:29 | Português | |
Poesia/Geral | Tenho saudades de quando ignorava que havia mundo… | 1 | 1.672 | 12/29/2010 - 22:26 | Português | |
Poesia/Geral | buracos de alfinetes | 2 | 2.729 | 12/22/2010 - 22:53 | Português | |
Prosas/Outros | o transhumante | 0 | 1.839 | 12/21/2010 - 23:11 | Português | |
Prosas/Outros | N2 | 0 | 2.060 | 12/21/2010 - 23:08 | Português | |
Prosas/Contos | Batel | 0 | 2.475 | 12/21/2010 - 22:53 | Português | |
Prosas/Contos | Horus | 0 | 1.637 | 12/21/2010 - 22:52 | Português | |
Prosas/Fábula | Núria's Ring | 0 | 1.704 | 12/21/2010 - 22:50 | Português | |
Poesia/Geral | Há-de vento | 0 | 2.970 | 12/21/2010 - 11:21 | Português | |
Poesia/Geral | Altos | 0 | 2.995 | 12/21/2010 - 11:12 | Português | |
Poesia/Geral | Flores Indizíveis | 1 | 1.237 | 12/18/2010 - 22:47 | Português | |
Poesia/Geral | Samarkand | 1 | 2.482 | 12/17/2010 - 19:32 | Português | |
Poesia/Geral | Bebe da minha Alma | 2 | 1.826 | 12/17/2010 - 01:11 | Português | |
Poesia/Geral | solidão | 0 | 1.744 | 12/17/2010 - 00:18 | Português | |
Poesia/Geral | Ela ia e Ele vinha | 0 | 2.541 | 12/17/2010 - 00:17 | Português | |
Poesia/Geral | O templo | 0 | 1.849 | 12/17/2010 - 00:15 | Português | |
Poesia/Geral | Tear | 0 | 2.180 | 12/16/2010 - 23:00 | Português | |
Poesia/Geral | sei o Motivo | 0 | 2.379 | 12/16/2010 - 22:59 | Português | |
Poesia/Geral | Elegia ao Silêncio | 0 | 2.135 | 12/16/2010 - 22:58 | Português | |
Poesia/Geral | A margem de Ti | 0 | 1.573 | 12/16/2010 - 22:57 | Português |
Comentários
.
.
Se calhar atento, eu escuto a analogia dos erros
Se calhar atento, eu escuto a analogia dos erros
(Ouçam-me, pra que eu possa…)
(Ouçam-me, pra que eu possa…)