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“LUZ AO FUNDO”
Aventura branca, símbolo de papel
Chama tão manifesta confissão
Que, habilidosa luz, ao fundo do túnel
Acolhe motivo, parte coração
Vénias experimentadas, ao silêncio convertido
Quando no peito se faz mar de empenho tempestuoso
Que logo descontento se haverá vertido
Por um avanço, relevo que pareça virtuoso
Selam-se cerimónias e leviandades
De poucas crenças, paixões escorregadias
Varrem-se memórias, nascem amizades
Com luz, no amanhã de todos os dias
Desperdício lhe mereça a insistência perdida
Abandonada ao campo, de gesto simulada
Se de Império, a palavra é vencida
Estátua esculpida, Tarefa sepultada
Luz ao fundo da veia, pela carne consumida
Luz ao fim, escorrida da santidade
Luz, que seja, sonho ou convertida
Luz que diga, enfim, Saudade.
***
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Comentários
Lindo texto, gostei
Lindo texto, gostei muito!
Destaco a estrofe final abaixo:
Luz ao fundo da veia, pela carne consumida
Luz ao fim, escorrida da santidade
Luz, que seja, sonho ou convertida
Luz que diga, enfim, Saudade.
***
Meus parabéns,
MarneDulinski
Obrigado amigo
Obrigado amigo Marne,
Enfim,o poema nasceu como algo que se queria iluminar; mas, derrepente assenhoreou-se de si; tomando propoções completamente diferentes daquilo que do meu sentimento partia. Não permiti que se desperdiçasse e aqui está, assim... Como algo que é na realidade das coisas visiveis e invisiveis.Cabe a cada maneira de ver, assim comentar.
Para um bom entendedor meia palavra basta.
Agradeço a participação do meu amigo e, como sempre:
Grande abraço.