“LUZ AO FUNDO”

 

Aventura branca, símbolo de papel

Chama tão manifesta confissão

Que, habilidosa luz, ao fundo do túnel

Acolhe motivo, parte coração

 

Vénias experimentadas, ao silêncio convertido

Quando no peito se faz mar de empenho tempestuoso

Que logo descontento se haverá vertido

Por um avanço, relevo que pareça virtuoso

 

Selam-se cerimónias e leviandades

De poucas crenças, paixões escorregadias

Varrem-se memórias, nascem amizades

Com luz, no amanhã de todos os dias

 

Desperdício lhe mereça a insistência perdida

Abandonada ao campo, de gesto simulada

Se de Império, a palavra é vencida

Estátua esculpida, Tarefa sepultada

 

Luz ao fundo da veia, pela carne consumida

Luz ao fim, escorrida da santidade

Luz, que seja, sonho ou convertida

Luz que diga, enfim, Saudade.

***

Submited by

Martes, Abril 12, 2011 - 00:32

Poesia :

Sin votos aún

antonioduarte

Imagen de antonioduarte
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 3 años 6 semanas
Integró: 01/09/2010
Posts:
Points: 2570

Comentarios

Imagen de MarneDulinski

Lindo texto, gostei

Lindo texto, gostei muito!

Destaco a estrofe final abaixo:

Luz ao fundo da veia, pela carne consumida

Luz ao fim, escorrida da santidade

Luz, que seja, sonho ou convertida

Luz que diga, enfim, Saudade.

***

Meus parabéns,

MarneDulinski

Imagen de antonioduarte

Obrigado amigo

Obrigado amigo Marne,

Enfim,o poema nasceu como algo que se queria iluminar; mas, derrepente assenhoreou-se de si; tomando propoções completamente diferentes daquilo que do meu sentimento partia. Não permiti que se desperdiçasse e aqui está, assim... Como algo que é na realidade das coisas visiveis e invisiveis.Cabe a cada maneira de ver, assim comentar.

Para um bom entendedor meia palavra basta.

Agradeço a participação do meu amigo e, como sempre:

Grande abraço.

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of antonioduarte

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Soneto “Cheguei Tardio” 4 3.220 03/15/2018 - 11:17 Portuguese
Poesia/Poetrix “Quadra a ti” Acto 7º 1 2.719 06/13/2014 - 23:54 Portuguese
Poesia/Soneto “Delicado” 3 3.371 12/04/2013 - 22:15 Portuguese
Prosas/Lembranças “Tornado Pedra” 0 4.087 11/07/2013 - 02:30 Portuguese
Poesia/Soneto “Terra” 0 4.918 11/07/2013 - 02:02 Portuguese
Poesia/Soneto “Milagre de Flores” 0 2.320 04/03/2013 - 03:00 Portuguese
Poesia/Haiku Quadra a ti” Acto 5º 0 4.209 03/22/2013 - 05:17 Portuguese
Poesia/Soneto “Ecos Distantes” 0 3.266 02/22/2013 - 01:16 Portuguese
Poesia/Soneto “Tantos… Tantos” 0 2.900 01/10/2013 - 04:34 Portuguese
Poesia/Haiku “Quadra a ti” - ( Ato 6º ) 0 2.971 10/24/2012 - 15:11 Portuguese
Poesia/Haiku "Quadra a ti: ( Géneros Distraídos) 0 3.314 10/24/2012 - 14:56 Portuguese
Poesia/Amor “Numa lembrança de ti” 2 2.710 10/23/2012 - 16:35 Portuguese
Prosas/Pensamientos "Sobra de Mim" 0 2.871 10/22/2012 - 23:21 Portuguese
Poesia/Soneto “De Mim, Fundo No Olhar” 0 3.406 10/18/2012 - 23:47 Portuguese
Poesia/Soneto “Porte Belo” 0 2.149 10/07/2012 - 13:09 Portuguese
Poesia/Soneto “Míopes” 0 2.413 10/04/2012 - 21:55 Portuguese
Poesia/Soneto “Perto do Céu” 4 3.675 10/03/2012 - 23:52 Portuguese
Poesia/Archivo de textos “Quando estás longe de mim” 2 2.630 10/03/2012 - 23:35 Portuguese
Poesia/Soneto Ao despertar 0 3.415 10/03/2012 - 23:22 Portuguese
Poesia/Soneto “Na Praia” 0 2.740 09/30/2012 - 11:53 Portuguese
Poesia/Soneto "Caminho de Parecer" 1 3.981 09/27/2012 - 16:37 Portuguese
Poesia/Meditación “Do céu ao mar” 1 4.304 09/16/2012 - 18:06 Portuguese
Poesia/Archivo de textos Versão destrocida: "Numa Lembrança de ti" 0 5.214 09/12/2012 - 11:58 Portuguese
Poesia/Archivo de textos “Estrela Proibida” 0 2.473 09/09/2012 - 22:04 Portuguese
Poesia/Pensamientos “Teu rosto foi o primeiro” 0 2.929 08/04/2012 - 02:02 Portuguese