CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
Quando à noite
já não fores tu a minha lua,
meus olhos deixarão de ver o luar.
Serei despejo à tona
de um rio de lágrimas,
escorridas pela face em vão.
Esquecerei
o meu nome sobre a tua sepultura.
Quando já não fores tu
o sol dos meus dias quentes,
meu corpo hibernará em sombras.
Serei nódoa
no o pano do tempo
que bordaste com carinho.
A água
da chuva será vinagre
no fosso das minhas horas sem ti.
Quando já não for
a tua voz que fala o vento,
minha alma ficará muda em tempestade.
A esperança
será um circo de medos
humedecidos pela ansiedade.
Chorarei flores murchas
de não te ter nos meus braços.
Quando o silêncio
já não for o sabor do beijo,
minha boca será um cacto no deserto.
Meus lábios
serão escravos do desejo
enforcado no átrio de uma cama fria.
O teu adeus
será um aceno interminável
até que a morte me leve também.
Quando já não
fores tu o meu Verão,
a vida será um floco de neve.
O brilho do meu olhar
será um inverno mais que infinito.
Os meus poemas
serão folhas caídas no fado do Outono.
Quando as palavras
já não forem o teu amor,
meu sorriso será um barco afundado.
O meu amor
ficará ancorado no nevoeiro
onde esperarás por mim na eternidade.
O meu reflexo no espelho
será de espinhos tirados a uma rosa.
Quando a tua mão
já não for o meu caminho,
meus pés serão penitenciários.
O meu amar-te
será um cárcere de saudade.
A minha cara
será um arbusto de corujas
agoirentas pela madrugada do grito.
Vamo-nos amar
desde que a vida nos juntou
até que a morte um dia nos separe.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 838 leituras
Add comment
other contents of Henrique
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditação | A morte é o museu da memória | 5 | 3.252 | 05/24/2012 - 15:21 | Português | |
Poesia/Paixão | TREMORES DE PRAZER | 8 | 2.099 | 05/24/2012 - 15:19 | Português | |
Poesia/Desilusão | DESEQUILÍBRIO | 2 | 1.865 | 05/24/2012 - 15:18 | Português | |
Poesia/Amor | DEUSA | 2 | 1.604 | 05/24/2012 - 15:12 | Português | |
Poesia/Tristeza | LÁGRIMAS EM BRASA | 2 | 764 | 05/24/2012 - 15:11 | Português | |
Poesia/Fantasia | RESSUSCITAREI DOS MORTOS | 5 | 968 | 05/24/2012 - 15:10 | Português | |
Poesia/Meditação | A MERDA QUE NÃO SOU | 3 | 1.752 | 05/24/2012 - 15:08 | Português | |
Poesia/Erótico | DESPE-ME | 6 | 1.309 | 05/24/2012 - 15:06 | Português | |
Poesia/Amor | TROVA DE AMOR | 10 | 774 | 05/24/2012 - 15:05 | Português | |
Poesia/Intervenção | AMOR SEM BRIGAS... | 3 | 2.290 | 05/24/2012 - 15:04 | Português | |
Poesia/Meditação | Sonhos... | 2 | 2.312 | 05/24/2012 - 15:01 | Português | |
Poesia/Paixão | À DERIVA | 5 | 1.528 | 05/24/2012 - 15:00 | Português | |
Poesia/Meditação | O SABER DA IDADE | 3 | 548 | 05/24/2012 - 14:59 | Português | |
Prosas/Pensamentos | DOPADO DE SONHOS | 4 | 1.931 | 05/24/2012 - 14:58 | Português | |
Prosas/Pensamentos | VOZ DO ACREDITAR | 2 | 2.251 | 05/24/2012 - 14:57 | Português | |
Poesia/Amor | ÉS OÁSIS, ÉS MULHER | 8 | 565 | 05/24/2012 - 14:56 | Português | |
Poesia/Paixão | JARDIM PERFEITO | 3 | 887 | 05/24/2012 - 14:55 | Português | |
Poesia/Amor | ESCRITA DE BEIJOS | 2 | 1.310 | 05/24/2012 - 14:54 | Português | |
Poesia/Meditação | DESASTRE DA PERFEIÇÃO | 2 | 1.207 | 05/24/2012 - 14:53 | Português | |
Poesia/Meditação | SOMOS IGUARIA DE UMA COVA | 4 | 2.333 | 05/21/2012 - 02:55 | Português | |
Poesia/Amor | AMOR, TEMPESTADE E BONANÇA | 2 | 1.582 | 05/21/2012 - 02:50 | Português | |
Poesia/Tristeza | BEIJAR UMA ROSA MURCHA | 2 | 1.181 | 05/21/2012 - 02:49 | Português | |
Poesia/Paixão | ESCULPIDO PELA TUA ARTE SENSUAL | 2 | 1.774 | 05/21/2012 - 02:47 | Português | |
Poesia/Amor | ATÉ A TI | 2 | 789 | 05/21/2012 - 02:44 | Português | |
Poesia/Amor | CORPO A CORPO | 2 | 5.119 | 05/21/2012 - 02:43 | Português |
Comentários
Re: ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
"Quando", marca temporal de um tempo futuro, indiciador do que poderá acontecer perante o sentimento de perda. Perda essa que remete para a não vida, pelo que é urgente amar, "é urgente o amor", "eu quero, amar, amar, peridamente".
"Quando já não fores tu
o sol dos meus dias quentes,
meu corpo hibernará em sombras."
Pelo que,
"Vamo-nos amar
desde que a vida nos juntou
até que a morte um dia nos separe."
Um beijo
Quimeras
Re: ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
..."Vamo-nos amar
desde que a vida nos juntou
até que a morte um dia nos separe."
A vida reserva muitas surpresas e podemos perder alguem que amamos num instante...Somente o tempo pra curar as dores da vida.
um abraço!
Re: ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
Será que a morte separa?
Teu poema diz que sempre te lembraras, descreves-te lembrando sempre o amor sentido.
Lindo.
Re: ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
Lindooooooooooo :-(
Separa fisicamente, só!!!
Re: ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
Serei despejo à tona
de um rio de lágrimas,
escorridas pela face em vão.
Meus lábios
serão escravos do desejo
enforcado no átrio de uma cama fria.
Lindo Henrique!
Amar até à eternidade.
Depois da morte, na outra vida.
Abraço.
Vitor.
Re: ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
Bonita a forma e o miolo...oxalá consigas servir tão grandiosa iguaria a ti e à tua donzela.
Além das letras, da beleza que se descreve, do que enleia a iris e encanta as sintaxes, há o objecto que se coisifica, que se sentifica e se imiscui nesse crer estético. Além do signo que se tece em sublimes écharpes multidimensionais há a ideia que se poliniza...gostei de todo este teu canto: voz, morfemas e real...
Re: ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
Caro poeta,
A qualidade da sua escrita é impressionante. É um prazer enorme ler o que escreve. Abraços, de um leitor atento
Re: ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
"vamo-nos amar
desde que a vida nos juntou
até que a morte um dia nos separe"
Um SIM para toda a vida!Gostei muito!!!
Abraço
Varenka