CONCURSOS:
	Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
	Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
	Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
	Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Cânticos de Medusa (Cântico III)
III
A ironia no leito da morte
Retumba como um fio de brio
Na calamidade dos céus.
Condenados por uma força que
Esmaga a claridade reconfortante da noite.
Morro pelas minhas próprias mãos
Por não desejar sucumbir na avidez dos homens.
Fujo em passos intermitentes,
Escondo-me no reflexo plácido das águas.
Somente o mar me deseja
Na clarividência da minha existência errante.
Não lapidifico a imagem salgada,
Reflexo do vento vindo do mar.
Por monstro me tomam:
Atemorizam-se com o fantasma
Abandonado no marulhar inconsequente das águas.
O troar das tempestades explicado
Pela minha aguda agonia do sentir.
Os homens cobrem-se com laivos de
Fantasia perante o mar encapelado,
Rogam pela própria salvação.
O mar enleva, chama-me numa voz flébil,
Tenho de insurgir para não ficar.
Incorporo a «Alegoria da Caverna»,
Encontro a luz no fitar afincado do mar.
Sublimo a fraqueza com o perfume húmido do luar,
Desanuvio intimamente no
Cenário profético antes da derradeira partida.
Mergulho numa mente desocupada,
Ondas prateadas serpenteiam no meu corpo,
Deixo-me levar pela brisa desconcertante
No topo das águas.
Todos os rasgos assimétricos na pele sanam
Numa espécie de milagre contemplativo de mim.
Já não sou eu, somente o meu corpo
A vogar nas profundezas da eternidade.
Meu brando canto a soçobrar
Na anestesia fugidia do fim.
Partituras gastas, desistir, resistir …
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 599 leituras
Add comment
other contents of Artemis
| Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post   | Língua | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Prosas/Pensamentos | Esboço (I) | 0 | 616 | 11/18/2010 - 22:56 | Português | |
| Poesia/Fantasia | O demónio que coexiste em nós (III) | 2 | 551 | 03/02/2010 - 21:00 | Português | |
| Poesia/Fantasia | O demónio que coexiste em nós (II) | 2 | 542 | 03/02/2010 - 20:48 | Português | |
| Poesia/Fantasia | O demónio que coexiste em nós (I) | 2 | 516 | 03/02/2010 - 20:43 | Português | |
| Poesia/Meditação | Um esgar lôbrego (II) | 3 | 478 | 02/28/2010 - 16:14 | Português | |
| Poesia/Geral | E não quero acreditar... | 3 | 446 | 02/28/2010 - 15:46 | Português | |
| Poesia/Meditação | Amensagemdasmalvas | 3 | 621 | 02/28/2010 - 15:19 | Português | |
| Poesia/Gótico | Ultra-Romantismo | 2 | 3.944 | 02/25/2010 - 16:06 | Português | |
| Poesia/Meditação | Um esgar lôbrego (I) | 1 | 493 | 02/21/2010 - 15:28 | Português | |
| Poesia/Meditação | Há dias ... | 2 | 489 | 02/21/2010 - 15:20 | Português | |
| Poesia/Geral | Unicidade (?) | 2 | 603 | 02/21/2010 - 15:06 | Português | |
| Poesia/Desilusão | Génesis | 2 | 473 | 12/24/2009 - 02:40 | Português | |
| Poesia/Gótico | Vampiric Choice | 1 | 580 | 12/24/2009 - 02:35 | Português | |
| Poesia/Desilusão | De criança para criança... | 1 | 494 | 10/09/2009 - 22:22 | Português | |
| Poesia/Fantasia | O segredo que se esfuma | 2 | 522 | 09/28/2009 - 14:44 | Português | |
| Poesia/Fantasia | Cânticos de Medusa (Cântico III) | 2 | 599 | 09/28/2009 - 14:13 | Português | |
| Poesia/Geral | De criança para criança, ... | 4 | 507 | 09/28/2009 - 13:33 | Português | |
| Poesia/Geral | Forma estranha de compreender e amar | 4 | 547 | 09/11/2009 - 14:03 | Português | 









 
 
Comentários
Re: Cânticos de Medusa (Cântico III)
é maravilhoso este poema
adorei
Re: Cânticos de Medusa (Cântico III)
Artemis!
Cânticos deMedusa (Cântico III)
Lindo Poema, gostei!
MarneDulinski