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Cânticos de Medusa (Cântico III)
III
A ironia no leito da morte
Retumba como um fio de brio
Na calamidade dos céus.
Condenados por uma força que
Esmaga a claridade reconfortante da noite.
Morro pelas minhas próprias mãos
Por não desejar sucumbir na avidez dos homens.
Fujo em passos intermitentes,
Escondo-me no reflexo plácido das águas.
Somente o mar me deseja
Na clarividência da minha existência errante.
Não lapidifico a imagem salgada,
Reflexo do vento vindo do mar.
Por monstro me tomam:
Atemorizam-se com o fantasma
Abandonado no marulhar inconsequente das águas.
O troar das tempestades explicado
Pela minha aguda agonia do sentir.
Os homens cobrem-se com laivos de
Fantasia perante o mar encapelado,
Rogam pela própria salvação.
O mar enleva, chama-me numa voz flébil,
Tenho de insurgir para não ficar.
Incorporo a «Alegoria da Caverna»,
Encontro a luz no fitar afincado do mar.
Sublimo a fraqueza com o perfume húmido do luar,
Desanuvio intimamente no
Cenário profético antes da derradeira partida.
Mergulho numa mente desocupada,
Ondas prateadas serpenteiam no meu corpo,
Deixo-me levar pela brisa desconcertante
No topo das águas.
Todos os rasgos assimétricos na pele sanam
Numa espécie de milagre contemplativo de mim.
Já não sou eu, somente o meu corpo
A vogar nas profundezas da eternidade.
Meu brando canto a soçobrar
Na anestesia fugidia do fim.
Partituras gastas, desistir, resistir …
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Comentários
Re: Cânticos de Medusa (Cântico III)
é maravilhoso este poema
adorei
Re: Cânticos de Medusa (Cântico III)
Artemis!
Cânticos deMedusa (Cântico III)
Lindo Poema, gostei!
MarneDulinski