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Calçada dos exilados
CALÇADA DOS EXILADOS
Autor: Germano Gonçalves.
A como era bom em noite de lua,
sentar-se ao lado da rua.
Amigo e a amiga cada um na sua.
A como era bom em dias de sol,
sentar-se à frente da rua, meninos e meninas correndo para aventura
Os idosos passando de um lado para outro,
sem se preocupar com a pressa dos poderosos.
Senhores e Senhoras assentadas vivendo de estória.
As molecadas se divertiam, com as brincadeiras de todos os dias.
Entreter-se com bolinhas jogar laços e figurinhas.
Andar despreocupado e até descalço.
Apreciar o caminhar, amar as calçadas.
Trecho que das ruas é a alma dos passeios.
Ao sair do aposento, espreguiçar no relento.
Se sentir seguro no centro, do calçamento.
Na lateral, ao longo das ruas. A vida parece bela e pura.
Ó rua de terra
De lama na chuva
De poeira no calor,
Ó Calçada do amor.
Amiga das ruas e avenidas, dos transeuntes e seus imóveis.
E agora, também dos automóveis e, para as arvores que direis?
Plante-me aqui!
E com os postes que farei? “Ilumina-nos”.
E os dias vãos se passando. Na calçada foram nos apertando.
Caminhando displicentemente pela via que nos deram eternamente,
surpreendo-me com uma água fria e, a dona de minha pessoa ainda ria.
Não podia minha caminhada continuar,
Para casa de minha amada chegar, sem ter que desviar.
Pois a minha frente existia, uma enorme bacia, cheia de melancia.
Moça e moço contundindo o tornozelo.
Homem e mulher entortando o pé
Volto eu para via, onde esta o perigo.
Torno-me amigo, ou arrumo inimigos.
Cadê minha calçada que me alivia.
Chão revestido de cimento.
Nem de noite e nem de dia.
Nem na cidade ou periferia.
Tudo agora é ironia.
O nosso espaço esta sendo invadido.
Calçadas dos inimigos.
Sem iluminação nos deixa aflito.
Com medo de conflitos.
Com mercadorias e buracos
Calcar os espaços, com cautela.
Pisar descontrolado feitio cansado,
somos obrigados a andar de lado.
Calçadas dos exilados.
O urbanista concreto – escritor.
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