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Catárticas escrituras
ensaio e gravo sinais num papel que decorei,
em tributo a um dom que ninguém me atribuíu,
avanço e recuo linhas muma frente sem estatégia...
porque tento dilatar-me além do peito que faço pergaminho ignorado?...
porque tento diluir-me além dos olhos que faço tinteiro em seca reserva?...
Nem sei porque escrevo ainda palavras que não conheço,
se a impressão que me fica não é a que lhes imponho...
mais valeria rasgar-me a pele em sulcos de lâmina,
reescrever vias sacras de culpas sem estações,
plantar a cruz que me dobra na terra sem marcas d'água,
morrer à míngua de sede, na margem que inundei!
Porque teimo em profanar-me, tentando expor despidas as palavras que direi?...
tentando abrir-me em palavras, quando a flor delas não sei!?...
Escrever é atraiçoar-me o livro em que me fechei.
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Poesia :
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Comentários
Re: Catárticas escrituras
Sterea querida,
E se eu te disser que é um dom que tens, sim!
E agora não rias, porque é verdade.
Beijinhos
Nanda
Re: Catárticas escrituras
Escreves para podermos ler boas reflexões, muito bom.
Beijos
Re: Catárticas escrituras
Escrever é atraiçoar-me o livro em que me fechei.
Belo poema!
Gostei imenso
Abraço
Nuno
Re: Catárticas escrituras
De alguma forma tuas palavras me tocaram profundamente a alma.
Tua escrita me encantou muito.
Bem vinda a meu mundo.
BEIJOS GRANDES, SEMPRE QUE PUDER A LEREI.
Re: Catársicas escrituras
Levo para reler, tantas vezes necessitar. Um poema assim é pra se guardar. Belo. Parabéns! bj
Re: Catárticas escrituras
Dizer poema, é dizer muito. É mais um texto, digamos,
"traição por trinta dinheiros"... ds palavras que, ao fim e ao cabo, me sabem melhor a mim, do que eu as sei a elas...
Beijo!