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A Cidade

Na moderna cidade, caixa de concreto,
prevalece o ângulo reto.
Na grade, avisa o aviso :
baniu-se o sorriso.
No muro, informa o cartaz :
cães (e donos) anti-sociais.

Sonhos e desejos em Néon.
Grafites escuros em Cryon.
São cavernas dos homens de Cro-Magnon.

Apocalípticos prevêem o Juízo Final.
Bêbados desperdiçam um triste riso.
É mais um sinal.

Neuróticos temem a morte por Antraz.
Para os suicidas, tanto faz.
Não há retorno, nem volta para traz.
Que todos descansem em paz.

Velhas putas buscam o que lhes dê sustento.
Poetas tentam sê-lo,
mas as rimas não saem a contento.
Jovens mulheres choram um triste lamento.
Atos simultâneos em um só momento.

Quando a noite chega, a cidade dorme.
Novos seres a povoam. Gente disforme.
Citadinos noturnos. Sem luz nem nome.

Carregam suas cruzes. Viajam avenidas
e no fundo, acreditam em outras vidas.

Submited by

sexta-feira, julho 24, 2009 - 22:16

Poesia :

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fabiovillela

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Comentários

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Re: A Cidade

fabiovillela!

Gostei, realmente, temos muito que nos preocupar, com o que vamos deixar, para os nossos descendentes, e melhorar nosso mundo de agora, agora!

MarneDulinski

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Re: A Cidade

Uma visão interessante sobre a sociedade em que que nos estamos a transformar e sobre as cidades que estamos a construir. Que futuro é este de cimento, grades, receios e medos?
Gostei do ângulo apresentado...nú, crú mas muito real.

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