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Cinzas
Quisera eu num breve intento,
Entre as cinzas do cinzeiro preto,
Transparecer minha triste face,
Já que o mesmo, vou dizendo,
Opaco espelho era por dentro.
Mas tão logo olhei no centro,
Talvez de tão ou pouco atento,
Não senti soprar um vento,
Deveras forte e friorento.
E com os olhos já cinzentos,
Sentindo o gosto amarulento,
Ocorreu-me no momento,
Um estranho alumbramento…
Ah, vil vento agourento…
Espalhara minhas cinzas,
Antes mesmo que a morte,
Viesse a ter seu provento.
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terça-feira, junho 14, 2011 - 16:56
Poesia :
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Comentários
Cinzas
Gostei muito de te ler.
Há uma gostosa sintonia nos teus versos.
Abraços