CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Coração insensível
Ela caminhava lindamente pelo pátio da universidade
Parecia uma deusa revestida de humanidade a desfilar pela terra
Seus olhos encantadores realçavam sua beleza
E seu sorriso era muito sedutor.
Esplendidamente bela ela caminhava sem pressa
E sorria como se o mundo a pertencesse.
Parecia não ter medo de nada
E carregava consigo a magia do amor verdadeiro.
Era bela como uma sereia e desfilava sorridente pelos corredores
Sob os olhares de toda aquela gente.
Meu coração bateu mais forte
Ao desejar o seu amor.
Mas como fazer para conquistar aquele coração?
A única saída era arriscar-me uma aproximação e deixar acontecer
O que o destino havia nos reservado.
Não sei dizer ao certo se foram minhas palavras poéticas
Ou meu jeito tímido na abordagem
Mas seus olhos brilharam para mim e quis descobrir seu coração.
Um encontro foi marcado e o amor poderia acontecer.
Uma tarde de amor inesquecível nos braços daquela deusa
E meu coração não batia, corria loucamente.
Sua pele suave e perfumada
Sua voz tão delicada e sensual falando aos meus ouvidos
Palavras de amor e obscenidades
Causaram em mim a sensação maravilhosa do êxtase.
A taça de vinho, os beijos de sedução, os gemidos de prazer
Uma tarde perfeita para nunca esquecer.
Uma deusa perfeita para amar e na minha mente a grande pergunta:
Seria ela meu grande e verdadeiro amor
Que procurei a minha vida toda?
À noite o nosso encontro foi no calçadão da Praça Barão
Ao som de uma boa música ao vivo, chopp e sorrisos.
Ela linda em uma alegria contagiante
E eu a deslumbrar toda aquela euforia.
O mundo nos pertencia
E não precisava de mais nada para ser melhor.
Meu coração radiante com aquela beldade a minha frente
E meus pensamentos a voar em seus sonhos.
O amor, finalmente havia sorrido para mim.
Uma senhora não muito velha caminhava tristemente pela praça
Duas crianças a tiracolo pareciam desnutridas e com fome.
Do meu local eu observava seus movimentos
E interpelações aos transeuntes ao pedir-lhes alguma moeda.
Por um instante meus pensamentos foram até aquela senhora
Por que estaria naquele sofrimento?
Ela atravessou a rua e veio em nossa direção
Eu a acompanhava com meu olhar e ela chegou perto da nossa mesa
Não tive tempo de falar nada e só observei
Aquela garota ali comigo foi abordada pela senhora com as crianças
Olhou para elas
Por um instante eu pude notar a indiferença e o desdém
Engoli em seco quando ela chamou o garçom e pediu para que as afastassem dali.
Seu sorriso se fora
Seu olhar era desprezível
E seu coração fora revelado.
Em mim a sensação de surpresa e decepção.
Como uma moça tão linda como aquela
Poderia ser tão insensível ao sofrimento humano?
E todo o amor e admiração que sentia por ela acabou em cinzas.
Em mim já não havia o desejo de estar com ela
Seus sorrisos agora me causavam angústia e eu só queria ir embora.
A sua beleza exterior fora sucumbida pela sua alma insensível
E meu amor por ela morreu naquela noite.
Em meu silêncio e em meio às lágrimas
Vejo o olhar daquelas crianças com fome
E a insensatez do coração humano.
Lembro-me, então, de ter me levantado
Com educação perguntei o que desejavam
- Moço, tenho fome e minhas filhas também.
E, mesmo sabendo que era muito pouco a se fazer,
Dei-lhes, naquela noite, o alimento que precisava.
Minha alma chora neste silêncio
A ilusão de mais uma decepção com as pessoas desumanas
Que habitam entre nós.
No celular as mensagens e ligações
De alguém que nunca mais atenderei…
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 3072 leituras
other contents of Odairjsilva
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Paixão | Quando vejo teus olhos | 6 | 410 | 03/07/2024 - 20:16 | Português | |
Poesia/Amor | Tempo forasteiro | 6 | 290 | 03/06/2024 - 20:22 | Português | |
Poesia/Paixão | Amor proibido que fere o coração | 6 | 268 | 03/05/2024 - 23:07 | Português | |
Poesia/Amor | Trovas de amor e saudade VI | 6 | 342 | 03/04/2024 - 23:10 | Português | |
Poesia/Amor | Quando penso em você | 6 | 250 | 03/03/2024 - 12:53 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Incompetência | 6 | 1.026 | 03/02/2024 - 13:46 | Português | |
Poesia/Amor | Dilema | 6 | 303 | 03/01/2024 - 13:06 | Português | |
Poesia/Amor | Universo de encanto e mistério | 6 | 310 | 02/28/2024 - 21:02 | Português | |
Poesia/Amor | Ao meu amor | 6 | 343 | 02/26/2024 - 11:22 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Melodia dos anjos | 6 | 1.097 | 02/25/2024 - 13:19 | Português | |
Poesia/Amor | Veja | 6 | 360 | 02/24/2024 - 13:49 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Aleijados pelo tempo | 6 | 1.034 | 02/23/2024 - 13:17 | Português | |
Poesia/Desilusão | Sentimento de perda | 6 | 301 | 02/22/2024 - 11:30 | Português | |
Poesia/Desilusão | Saudade que fere | 6 | 287 | 02/21/2024 - 20:06 | Português | |
Poesia/Paixão | Doce sabor proibido | 6 | 988 | 02/21/2024 - 03:02 | Português | |
Poesia/Amor | Pense em mim | 6 | 357 | 02/20/2024 - 11:28 | Português | |
Poesia/Desilusão | O erro do coração | 6 | 338 | 02/19/2024 - 11:29 | Português | |
Poesia/Amor | Trovas de amor e saudade V | 6 | 360 | 02/18/2024 - 12:57 | Português | |
Poesia/Desilusão | Nuvem passageira | 6 | 348 | 02/17/2024 - 12:08 | Português | |
Poesia/Amor | O desejo que arde em mim | 6 | 342 | 02/16/2024 - 13:01 | Português | |
Poesia/Amor | Eu penso em ti | 6 | 424 | 02/15/2024 - 11:30 | Português | |
Poesia/Pensamentos | O poder sagrado da jornada | 6 | 1.117 | 02/14/2024 - 13:39 | Português | |
Poesia/Tristeza | Distância cruel | 6 | 332 | 02/13/2024 - 12:46 | Português | |
Poesia/Amor | Portal do amor | 6 | 294 | 02/12/2024 - 14:02 | Português | |
Poesia/Amor | Trovas de amor e saudade IV | 6 | 317 | 02/10/2024 - 13:33 | Português |
Add comment