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Cordel

Rio das Almas Penadas,
chorosas águas passadas,
que já não movem moinhos
e nem saciam
os homens sozinhos.

Navegam fomes
nas barrancas
dos Ribeiros;
navegam desejos
nas palafitas
dos Alagados.

Comida não há,
corpo não há.
Só a Carranca
do Destino
é que há.

Severinos de Cabral,
retirantes de Graciliano,
brutas penas,
das brutas terras
de Penas apenas.

- Poeta da corda
o que canta teu cordel?
- Coisa pouca:
o Rio das Almas Penadas,
as carnes talhadas,
as vozes caladas
e as vividas mortes
prolongadas.

Referência às obras de João Cabral de Melo Neto e Graciliano Ramos.

Submited by

quarta-feira, abril 27, 2011 - 20:05

Poesia :

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fabiovillela

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Comentários

imagem de SuzeteBrainer

Um poema com belas

Um poema com belas construções,belas referências,com um ritmo melódico envolvente e sempre presente na tua imersa poesia...

Beijosmiley

imagem de MarneDulinski

Cordel

Lindo texto, gostei!

Meus parabéns,

MarneDulinski

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