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Cyber e Pã
No próximo Cyber Café
estudarei essa nova fé.
Neste Cyber Espaço
tentarei crer no deus de chip e aço.
Navego na WEB,
abraço outra Hebe
e olho que tudo se escreve.
Afinal, nunca se sabe do amanhã,
por culpa da Estrela-Anã.
Ainda existiriam os festins de Pã?
Orgia de deus e de fã?
E as bailarinas de Can-Can,
continuarão sua dança pagã?
Virá outro bárbaro exército de Gêngis Khan?
Quem há de saber?
Não se acha um manual para ler . . .
Quem nos empurrou para esse Destino?
Que duro assassino
é capaz de matar um sonho de menino?
Mas, Fabio, é esse o Mundo.
Saco sem fundo
de pesadelo, de gente,
de heroi e de demente
(até de crente).
E não há como recusar essa ceia.
Pois nos corre na veia.
Cá estamos. Presos nessa teia.
E nem se escuta qualquer sereia.
Já não há mais Ìtaca, Odisseu.
O dragão da realidade a comeu.
Penélope já não tece,
o vapor de Delfos a entorpece.
E tudo se perdeu . . .
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Comentários
Re: Cyber e Pã
Criativo e inspirado, um bom poema!!! :-)
Re: Cyber e Pã
Muito Bom...
:-)
Re: Cyber e Pã
Bravo.
Todo o misticismo incluso no texto revela grande literariedade, uma sátira ao que somos; repare-se na quadra:
Mas, Fabio, é esse o Mundo.
Saco sem fundo
de pesadelo, de gente,
de heroi e de demente
(até de crente).
Até de crente no plaino mais baixo da hierarquia.
Abraço
Marco
Re: Cyber e Pã
LINDO GOSTEI DEMAIS, MEU CARO POETA!
E não há como recusar essa ceia.
Pois nos corre na veia.
Cá estamos. Presos nessa teia.
E nem se escuta qualquer sereia
MEUS PARABÉNS, GOSTEI E GOSTEI!
MarneDulinski