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Défice geométrico

 

 

Tubérculo surge.
A planta do lábio evasivo
na pofundidade da terra
debaixo da pele -
preciso,
fixa-se.

 

No perímetro de um grito
o despiste das palavras,
a folhagm que berra,
o vidro que corta a medula
onde ainda me travas.

 

Um pomar de ilusões,
rios de flores
assombradas pela sede,
o perfume das searas
ofuscadas
e o pólen carbonizado
na dormência interna
da fecundação.

 

Cai centeio sobre os ombros
varridos pela soberba
dos "importantes".

 

Não chegam cartas felizes
que me falem sobre o crescente,
a água morna e não fervente,
em sal misturado de esperança.

 

O pão é travesso,
a fome afunila o sorriso
a noite teima em ser demónio
na manteiga que derrete.

 

Lacrado é o sistema,
o quarto indiviso de uma maçã
presa ao ramo
que não descola o barco
da semente envenenada.

 

De amor também não falo,
porque me devora uma paixão
incontrolável
surda
inquieta,
oculta.
e sobejamente solitária
que não posso revelar.

 

Na curva do mundo
traço linhas rectas moribundas
com o desejo (sofrível)
de que um dia
ambas as raízes frágeis
se cruzem
e se tornem profundas.

 

Quero o diâmetro.

 

 

 


 

Submited by

sexta-feira, abril 29, 2011 - 00:55

Poesia :

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rainbowsky

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Comentários

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gostei e muito!

Uma poesia,

Onde abordas tudo aquilo, um pouco te assombra.

Falas da vida , de ti, de amor, de Dor.

Gosto muito deste poema,
Há muito que não lia um poema teu tão bonito.

 

beijos
 

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