Descobertas

Vejo caravela marítimas nas hélices que se erguem em sonhos, como gigantes pássaros mecânicos,
a revelarem novos horizontes e os céus já cobertos de novas indefinições e céus já descobertos, redescobertos diariamente.

Observo as passarolas cósmicas em esferas de sonhos como estrelas cadentes a espalharem a sua luz e a iluminarem o céu,
de uma luz eléctrica em movimento cíclico e mundano como estrelas do Universo.

Sinto a pena de Camões nos motores em fúria,
numa poesia ardente e sobreaquecida guiada pelos rotores, porcas e movimentos, gruas, maciças máquinas industrias,
numa inevitável destruição do natural estático,
de um destino descrito e reescrito na doce melodia dos motores em fúria.