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"DESPRENDIMENTO"
Recortas a fecundidade da memória
Com a tesoura afiada do teu medo
Fechas janelas, fechas as portas
E refugias-te hostil, no silêncio.
Que é feito da flor que te dei?
Deitaste-a ao rios dos dissabores?
Porque se entorpeceram as palavras,
Como se morassem agora num abismo?
Desfiguram-se as luas nos teus olhos
Órfãos de fantasiadas transparências
O sol agora quando chega às nossas almas
Anuncia temporais e rios de lama.
Que é feito da flor que te dei?
Deixaste-a morrer no teu peito, moribundo?
Porque se amordaçam as certezas
Como se a amizade fosse um mito?
Ah… só espero que o teu desprendimento
Nunca apague o melhor que há em ti…
Que nunca desprezes uma flor de um amigo
Amiga, cuida sempre bem do teu jardim!
Autoria: Vóny Ferreira
P.S: Por vezes são os amigos, os nossos maiores alicerces e são eles... as nossas maiores desilusões. Este poema é dedicado a uma amiga, que se o é... ainda, não sabe demonstrá-lo! Esquecendo-se que as oportunidades da vida, por vezes nunca se repetem...
Cuide bem SEMPRE DAS SUAS AMIZADES!
É essa a mensagem que deixo...
Vóny Ferreira
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Comentários
Re: "DESPRENDIMENTO"
Um poema escrito com a alma da amizade verdadeira!
:-)
Re: "DESPRENDIMENTO"
A flor que me deu está bem guardada no meu coração.
Um beijo
Re: "DESPRENDIMENTO"
Trancamos os sonhos,
meditamos,
e construímos fortalezas
Somos um mar de contradições
Onde gastamos as palavras
e nada fica
A não ser a falta...de amizades verdadeiras
Lindo este poema Vony
Dolores Marques