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Doces e Fartos
Doces e fartos serão os frutos
na próxima messe.
Conosco, os amigos festejarão
o cumprimento da Promessa
e a realização imodesta
dos designeos da bela Vesta.
Por isso, que cantem os Menestréis
as cores que adornam o Poente.
Eis que celebraremos o triunfo da vida.
É chegado o tempo da concórdia,
essa suave e triunfante rapsódia.
Saibamos ouvi-la, pois eis que traz
em seus compassos e acordes
o Belo que se julvaga perdido
e a Arte que se pensava esquecida.
Ouçamos suas flautas e clarins.
Soarão sem a andrajosa opulência
dos vazios vestidos de aparência.
Soarão sem a arrogância
dos Profetas da ganância.
Saibamos ouvi-la, tempo será
do homem dispensar então,
o sádico exercício do não.
Eis que celebraremos o triunfo do amor.
Eis-nos, Princesa amada,
a caminho da nova florada.
Que sejam livres os colibris
e que dourem os Girassóis do dia.
Breve, o Devir Eterno trará
a luz das estrelas
e o milagre de poder vê-las.
Que sejam generosas as carícias,
os corpos e os desejos.
Que se proclame o amor
em cada gesto
e que o orgasmo da bem-aventurança,
seja à nossa imagem e semelhança.
Para a Musa Cristina de Almeida Rodrigues.
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