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Embriagada
Rugem flechas aguçadas como rugidos de leão
Trevas espessas sombras circundam meu coração
Embriagada na frente da lua saem gemidos
Entre sons de trombeta, orações entre gritos
Entre guerras entranhas estrangulo a minha nudez
Histérica dor … e senão me embriago quase morro
Na esperança de um vão socorro
E descontrolado meu inconsciente
Clama bem ao mal e mal ao bem
E ao azedume, esse da vida
Transforma-se em brandura
E nesta funesta hora embriagada
Atravesso esta estrada malograda
E pestanejo no esplendor de uma luz
Que me conduz à satisfação de meus anseios
…embriagada.
Maria Luzia Fronteira
Funchal, 11 de Outubro de 2008
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Poesia :
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Comentários
Re: Embriagada
Repleto de anseios e desejos. Muito bom!!!
Re: Embriagada
A visão toldada de nitidez não é menos visão, é visão embriagada, mas nem por isso menos percepção. Embriagante este teu poema... :pint: ;-)
Grande abraço, adorei ler.
Re: Embriagada
Gostei da forma como impões no teu texto exelentos rasgos de surrealismo embora n se perceba bem o tema, parece que vou ter que render-me aos multiplos sentidos das tuas maravilhoas palavras.