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ENIGMA




                                                                                                   Enigma

 

 

Na penumbra do alvorecer,

Desconheço o que me vai acontecer,

As horas que se seguem desconheço,

Ao tempo eu não desobedeço.

 

A luz do dia que o Sol me oferece,

Vai abrindo o meu olhar que desconhece,

O futuro do próprio tempo,

Que dele, só conheço este momento.

 

A penumbra escondeu o meu olhar,

O meu pensamento não se deixa perturbar,

Pois mesmo de olhos cerrados,

Vejo os meus momentos passados.

 

O Sol já  me vai inundando,

A minha alma vê e me vai contando,

Que a penumbra já desapareceu,

E o dia já aconteceu.

 

O dia cheio de luz me vai trazendo,

O que os meus olhos vão lendo,

Que a esperança não me vai deixar

Que mantenha o meu olhar.

 

Para ver a beleza que a vida tem,

Sem dizer nada a ninguém,

Se o meu olhar cair no chão,

Não me dá outra ocasião.

 

Pela falta de palavras mordi a voz,

Que o meu pensamento me impôs,

O silêncio cobriu todo o meu ser,

Mas nunca deixei de ver.

 

O dia passou e na  penumbra do Sol- posto,

Sinto um frio no meu rosto,

Vou esperar por outra penumbra,

Que numa bela manhã se vislumbra.

 

 

Tavira, 24 de Março de 2009 - Estêvão

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domingo, dezembro 9, 2012 - 12:40

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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