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Entranhas
E a vida parece-me estranha
Quando a olho de uma mesa.
Enxergo uma forte luz
E quatro fios à minha frente
Alguns concretos verdes
Aos meus olhos pretos
Alguma verde folhagem
A minha vista espreita.
Minha companhia ao lado
Agrada-me de novo.
Tenho nele sempre o caos e o conforto...
Ao que não quero e que não busco
E quando busco me esperam.
As placas sinalizam desejos perdidos
O garfo e a faca
Espetam algo estranho
Que me entra.
______________________________________________________
Onde estavas quando precisei de ti?
Mas onde senão em qualquer paraíso
vigoroso e protegido; desperdiçado, em pedaços
tristemente quebrado & uma coisa escassa
para nos levar até ao fim (Jim Morrison)
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Poesia :
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Anita
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Comentários
Re: Entranhas
Gostei.
Irei ler mais de si.
Beijo.
Re: Entranhas
poesia fabulosa, contudo, a que luz se refere?
bjs querida
Re: Entranhas
Anita,
Diria Nietzsche: "Desejo a todos muita dor e sofrimento", é estranho ouvir isto, ninguém o entendeu quando assim ele escreveu, mas só crescemos quando sentimos dor e a vencemos.
Bem vinda à vida,
Alcantra
Re: Entranhas
Vida, luz, caos e conforto, desejos perdidos que nos fazem estranhar o sentido de viver!!!
;-)
Re: Entranhas
Anita
Penso que ninguém é cem por cento feliz, mas apesar disso existem sempre boas recordações..."Alguns concretos verdes"
esses alguns por vezes são suficientes para continuar vivendo, mas sempre há ambição de continuar a adquirir mais verdes concrectos...o ser humano é mesmo assim.
Um abraço :-)
Re: Entranhas
Anita!
Entranhas
Lindo, gostei!
MarneDulinski