Entranhas

E a vida parece-me estranha
Quando a olho de uma mesa.

Enxergo uma forte luz
E quatro fios à minha frente
Alguns concretos verdes
Aos meus olhos pretos
Alguma verde folhagem
A minha vista espreita.

Minha companhia ao lado
Agrada-me de novo.
Tenho nele sempre o caos e o conforto...
Ao que não quero e que não busco
E quando busco me esperam.

As placas sinalizam desejos perdidos

O garfo e a faca
Espetam algo estranho
Que me entra.

______________________________________________________

Onde estavas quando precisei de ti?
Mas onde senão em qualquer paraíso
vigoroso e protegido; desperdiçado, em pedaços
tristemente quebrado & uma coisa escassa
para nos levar até ao fim (Jim Morrison)

Submited by

Sunday, November 8, 2009 - 12:07

Poesia :

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Anita

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Comments

Obscuramente's picture

Re: Entranhas

Gostei.
Irei ler mais de si.

Beijo.

sales-rodrigues's picture

Re: Entranhas

poesia fabulosa, contudo, a que luz se refere?
bjs querida

Alcantra's picture

Re: Entranhas

Anita,

Diria Nietzsche: "Desejo a todos muita dor e sofrimento", é estranho ouvir isto, ninguém o entendeu quando assim ele escreveu, mas só crescemos quando sentimos dor e a vencemos.

Bem vinda à vida,

Alcantra

Henrique's picture

Re: Entranhas

Vida, luz, caos e conforto, desejos perdidos que nos fazem estranhar o sentido de viver!!!

;-)

Manuelaabreu's picture

Re: Entranhas

Anita
Penso que ninguém é cem por cento feliz, mas apesar disso existem sempre boas recordações..."Alguns concretos verdes"
esses alguns por vezes são suficientes para continuar vivendo, mas sempre há ambição de continuar a adquirir mais verdes concrectos...o ser humano é mesmo assim.
Um abraço :-)

MarneDulinski's picture

Re: Entranhas

Anita!

Entranhas

Lindo, gostei!
MarneDulinski

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