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Entreo o ódio e o amor
Pode até ser que entre o amor e o ódio
Exista só um ínfimo espaço
Neutro, amorfo, indiferente,
Sem ternura nem mágoa
Sem gritos nem silêncios
Sem passado, sem futuro
Nem sequer presente.
Equilibro-me nesse ponto
Sem alegria nem dor
Sem lágrimas nem risos
Sem vida nem morte
Sem fatalidade nem sorte.
Sobrevivo
Entre a mentira e a verdade
Do que foi e do que poderia
Ter sido,
Não fosse a mente do homem
Um jogo complexo
Como um vulgar puzzle
Que não encaixa,
Portanto,
Sem nexo.
Entre o amor e o ódio
Nada morreu nem nasceu
Descobri esse ponto
Onde permaneço eu.
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Poesia :
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Comentários
Re: Entreo o ódio e o amor
Bom poema, gostei de ler! :-)
Re: Entreo o ódio e o amor
Olá Poetas!
Fico muito feliz ao receber os vossos simpáticos comentários.
Existem momentos, que, em relação a certas pessoas, é melhor ficar "amorfo".
Desculpem a minha ausência. :-(
Obrigada!
Bjs
Re: Entreo o ódio e o amor
Excelente, um lugar onde não se sente, onde não se é, "Neutro, amorfo, indiferente"
Adorei
Bjos
Re: Entreo o ódio e o amor
Belo poema.
De preferência entre o amor e o ódio, mas tocando-os, por vezes. Que a vida não se quer amorfa.
É aí que entra o grito do poeta ou, neste caso, da poetisa.
um beijo