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Eutanásia

Numa cama de hospital a Sofia quase vegeta
quase jaz á doença mórbida que a afecta
durante meses sem visitas ou carinhos
sem forças para trilhar os seus caminhos
dores picam-lhe alma como folhas de azevinhos

morfina é lhe aplicada com frequência
cada miligrama desta droga retira-lhe essência
face pálida, pele enrugada pelas leis do tempo
desesperada deseja por fim a este sofrimento
farta de ver a sua família em constante lamento

Eutanásia paira firme e corajosa pela sua mente
interromper este calvário de forma permanente
controverso tema sobre o qual sociedade debate
nunca sabemos quando vamos tombar de enfarte
a ideia só ganha forma quando o azar nos embate

longa luta judicial que resulta numa lei surda
sem respeito pelo ser humano, totalmente absurda
Sofia toma a decisão de querer a Eutanásia activa
refén dum mal negro de índole progressiva
posição ponderada quando o Diabo nos catiga

acto cometido, agora virou polémica na praça
é sempre assim quando a burucracia fracassa
elevada ética de quem ouviu o doente em questão
de quem não agiu pela cabeça mas ouviu com coração
nobre fim nesta agonia sádica de longa duração

agora a estrela da Sofia vive em paz consigo mesma
imune á justiça que cambaleia ao passo duma lesma
10 anos de amargura, tristeza e intenso drama
travada pelo insano destino na frieza duma cama
seu corpo morreu mas a sua alma reacendeu a sua chama!
 

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segunda-feira, março 14, 2011 - 19:34

Poesia :

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Famaz

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