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Faz de conta
Transforme água em vinho
A tristeza em alegria
E deixe voar os seus sonhos
Procure a sua liberdade
Descubra onde ela está.
Tudo é tão normal
Até mesmo o olhar mais profundo
Que dirige a mim
Na esperança de ver um sorriso
Onde não existe nenhum.
Faz de conta que é real
Que ainda sente emoção
Quando tudo está um caos
Na mente insana de pensar
Que o amanhã poderia ser diferente.
Não olhe mais dessa forma
Por que deixaria que descobrissem?
Os seus pés estão sobre areia movediça
Perceba a agitação da multidão
Quando olham a sua ruína.
Nem se preocupe em falar
Ninguém quer ouvir sua voz
Porque andam correndo de um lado a outro
Só desejam ver um final triste
Para que possam sorrir.
Erga suas mãos ao céu
O azul agora é tão real
Que não existe nenhuma nuvem
No deserto que está os seus pés
O sol nem consegue crepitar.
Agora pode abrir os olhos
Pode enxergar a sua volta
Não vês nada do que imaginou
Então esqueça tudo isso
Faz de conta que era apenas um sonho.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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