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FENDE A NOITE O VASTO LUAR

Nas longas noites de ciclone e cinza
batíamos à porta e entrávamos.
A sombra e eu.
E ficávamos ali horas mortas
perdidos de nós
tão próximos e distantes que mais parecíamos
a ausência do calor onde a chama se perdeu.

A noite adianta a tempestade.
E o grito.
E o infinito nada.
E o medo esquecido de mais um dia
embarga mistérios de luz.
Já nada nos seduz!

A sombra e eu
batíamos à porta da loucura
e entrávamos
de rompante sem esperar permissão.
E ali ficávamos um do outro
esquecidos
mão na mão
olhando o copo da esperança vazio
de nada
mas tão cheio de solidão.

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segunda-feira, junho 6, 2011 - 12:24

Poesia :

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AlvaroGiesta

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