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A flor deixada na lápide de Augusto dos Anjos
Em resposta ao seguinte soneto do caro Cortílio, o meu soneto quanto a A flor deixada:
A flor deixei na lápide de Augusto dos Anjos
Cheguei cedo e esperei o abrir do portal
(vim de longe e subi cada degrau
com meus pés descalços) e a pequenina
porta secou-me a boca em Leopoldina.
Perguntei ao coveiro sobre o local
e nervoso segui ao esperado vau.
Cheguei à lápide branca, alabastrina;
chorei e solucei como uma menina...
Vi a calma deitada em paz imortal
na morada perpétua. Ouvi a ideal
inspiração eternizada da rima.
Vi um Augusto contente na sua sina
(comido, vertido, feito fecal)
e a Flor deixei na pedra glacial.
Amigo, deixo meu abraço desse modo, já que conversamos sobre Agto. dos Ajs.
Cortílio
Cedo chegaste, contudo não mais importa...
Tivesse sido amanhã ou mesmo sido agora
Ele se foi à frente de todos nós, à sua hora.
Os pés sobre a rocha que nada mais comporta
Puseste e então deixaste um rastro da tua Flora:
Tal uma lamúria pela gente que jaz morta
O vento sopra, as irmãs da tua Flor entorta
Sobre a gelada terra onde cada uma aflora...
Adentraste com as plantas dos pés descalças,
Atravessaste um vértice ao plano etéreo
Ao por os teus pés na sua gélida sepultura:
Presenciaste nossa libertação da desgraça,
Vislumbraste a resposta ao imenso mistério
Que da folha do Tamarindo habita a nervura!...
05 de outubro de 2012 – 19h 35min
João Pessoa - Paraíba - Brasil
Adolfo J. de Lima
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Amigo: a Flor deixamos sobre
Amigo: a Flor deixamos sobre a sua obra. Descansemos em paz.