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Gostei sobretudo das árvores que davam pássaros
Digam que não fui de ninguém, que não fui sequer meu, que não fui nada,
Que gostei sobretudo das árvores que davam pássaros
E de todas as outras coisas que pareciam mentira.
Na verdade, digam que nunca encontrei respostas para o que fui,
Que nunca passei mais que o próprio dia a bater à porta de mares
Abandonados perguntando sempre o que não era por aí além.
Tive sempre o mesmo ouvir, a mesma boca, as mesmas mãos fechadas,
A mesma forma de não ser nada que nunca pudesse ser alguma coisa,
Como é o inverno que é inverno ou a chuva que também o é.
E fui assim simplesmente porque quis, porque não era melhor ao não ser,
Porque não havia outra forma de o sol não ser apenas sol para ser também
Uma flor que nascesse do céu, e por isso fui nada e não fui de ninguém
Para não haver confusões e acabou-se!
E pronto,
Não fui de ninguém, não fui nada, não fui meu, nem teu, nem nosso,
Não fui de ninguém e nada o tempo todo, nem mesmo o tempo nenhum,
Mas gostei sobretudo das árvores que davam pássaros…
E de todas as outras coisas que pareciam mentira.
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Poesia :
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Comentários
Sempre é bom ler seus
Sempre é bom ler seus versos...
Gostei demais...
bjs na alma
Re: Gostei sobretudo das árvores que davam pássaros
"Digam que não fui de ninguém, que não fui sequer meu, que não fui nada,
Que gostei sobretudo das árvores que davam pássaros
E de todas as outras coisas que pareciam mentira."
Este começo está absolutamente soberbo!
Ler-te é sempre trilhar novos caminhos nos campos da reflexão e auto-conhecimento, é beijar as duvidas q se levantam, é vestir e despir, em oscilantes gestos de procura, a nostalgia.
É sempre... Bom!
Beijinho grande em ti, Jopeman
Inês
Re: Gostei sobretudo das árvores que davam pássaros
Muito bom.
Re: Gostei sobretudo das árvores que davam pássaros
Mas deixaste este poema...
Gostei!!!
Varenka