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Indigências

São tantas as indigências,
as pobrezas, as misérias e as carências.
Superestimam-se as aparências,
enquanto abundam as negligências.
Azuis para as impotências,
cinzas para as consciências.
O Sistema exige cega obediência.
Não há clemência!
Exceto para corruptos. Vossas Excelências!
Perdem-se inocências, banalizam-se demências.

Mendinga-se compaixão e afeto.
Quer-se companhia, comida e teto.
Outro, suplica por saúde.
Outra, por beleza amiúde.

João pede por Maria,
a louca, que clama por mais fantasia.
São tantos os pedidos Carlos,
e tão poucos deuses para doá-los.

Pede-se de tudo:

O gago para não ficar surdo,
o cego para não ficar mudo.
Eu, inepto, quero Saber, Estudo.
Quero vislumbrar o Futuro,
adentrar o túnel escuro.
O porque de tanto muro,
de tanto horror, de um viver tão duro.

Reza-se para mais pedir.
Sempre mais, ainda que nem se tenha para onde ir.
Mas, ir para onde José?
Para o Sertão que já não é?

Talvez ao Santuário, ouvir o sermão do abade?
À praça, o do frade?
O do judeu que pergunta "Quo Vadis"?

E já foi tanto pedir que agora se faz tarde.
Já não há nem mesmo a metade.
Deus se foi levando a Sagrada Boa Vontade.

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quarta-feira, agosto 12, 2009 - 02:13

Poesia :

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fabiovillela

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