Insurgênciasi

O que temos mesmo que saber

É que, de facto, já ninguém quer saber de onde viemos
E muito menos para onde vamos.
Isso já foi chão que deu uvas e de tretas filosóficas
estamos todos fartos.
Ninguém quer saber de nada.
A verdade é que estamos todos lixados,
Até demos cabo do planeta.
Esburacar-mos o ar por cima das nossas cabeças não foi nada boa ideia.
O lixo tóxico e a radioactividade foi muito mau. Mesmo.
Não vale a pena virem agora com mitos urbanos.
A culpa é nossa.
Toda a gente sabe e já ninguém liga.
É na base de
“Amanhã ainda está para vir”
Ou “Não deixes para amanhã
o que podes fazer hoje” e “ Tá-se”.
Olhem em redor.
O que é culturalmente certo é o vizinho.
Se te deres mal ali, é simples,
Pira-te para aqui.
Deve portanto,o escritor que assim se
Auto-intitular, limitar-se a observar
Os factos e, quando muito,
a registá-los. Simplesmente. E com asneiredo e tudo.
É canónico o anti-canónico. É pós-modernismo.
Pós e poeiras transmitem doenças alérgicas,
Rinites, depressões, síndromes e desordens... O quotidiano só existe para ser observado. Não intervir já é intervenção.
Nada de critérios.
Escrever, apenas, escrever.
Veículo... Sinapse. Sinalética.
Mais nada.
Tudo muito rápido e omisso de conteúdo.
Muita ordem e sincronismo nisto tudo.
A macro-estrutura gigante
Vomita golfadas de pinguins. Normalidade.
Dantes chamavam-lhe carne para canhão!
Alguns são doutourados
mas não deixam de ser de carne na mesma.
A norma foi substituída pela anti-norma
o que trouxe a imediata extinção da mesma.
É a propagação da ausência de critérios e conduz a estados de apatia fulminantes.
Chega de incongruências bem como de
insurgências desadaptadas.
Desatem os sapatos.