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Maiakóvski

A blusa amarela de entardecer
que Maiakóvski quis fazer
pouco serviu para esconder
a vergonha de não ser.

De pouco serviu para cobrir
a nudez que se ousou não proibir.
Em nada agasalhou o sonho irrealizado
e por isso só somos o nobre gado de Mercado,
de andar aflito e couro queimado.
Gado e Homem marcado.
Por culpa de qual pecado?

A tortura me deixou eternizada
a Utopia atropelada,
enquanto o espelho só me devolve o Nada.

Onde paramos?
Onde estamos?
Que terra é essa companheiro?
Que mar é esse marinheiro?
Que Brasil é esse, brasileiro?

Brasil de braseiro,
daqueles que se sonhou por inteiro.
Lar de que não se esquece o cheiro.
Cheiro de rosas e de anoitecer.
Qual o amarelo que Maiakósvki quis tecer.

Mas agora tudo se foi moça bonita.
Talvez essa História nem seja escrita.
E no alto de cada palafita,
de trágicos olhos rolarão lágrimas aflitas.
E o entardecer de Maiakóvski sucumbirá
qual a Guerrilha no Pará.
Eu sei. Estive lá.

Dedicado a Thyago, que resgata Maiakóvsky

Submited by

sábado, outubro 10, 2009 - 02:02

Poesia :

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fabiovillela

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Comentários

imagem de FlaviaAssaife

Re: Maiakóvski

Fabio,

De todos teus trabalhos que já tive a oportunidade e o prazer de ler, este é um dos que mais gostei!

Vai para os favoritos!

BJ

imagem de MarneDulinski

Re: Maiakóvski

fabiovillela!

Maiakowski

Lindo texto, meus parabéns,
MarneDulinski

imagem de Gisa

Re: Maiakóvski

Um poema com um que de saudosismo, singelo e real ao mesmo tempo. Gostei!

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