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Mata-te, como ameaças...
Sentas-te, imóvel,
No umbral da janela
De um longo
12º andar...
O teu olhar, vazio de tudo
até da própria dor,
embala o corpo
flatulento, obeso e
disforme
ao som do vento,
do ar...
Um dia, ele foi
Perfeito ao meu amar...
Um hiato de tempo,
Separa,
Este dois momentos...
Só,
No rés do chão
Da nossa relação,
Eu olho-te e,
Abro os braços
Para me abraçar,
Não para te agarrar!
No recesso do meu ser,
Meu amor,
Não há possível regresso...
Tenho mazelas na alma
E sequelas no pensamento...
Cada “auto-incisão”
esculpida
Pela manipulação
No teu tronco deforme,
- feita por ti, não por mim, como insistes –
matou a essência
e a existência deste afecto
doente, mal vivido,
suportado pela ausência
do meu próprio EU...
Meu amor, não abro os braços...
Meu amor, não tenho forças...
Mata-te como ameaças...
Eu não morro, prometo-te!!
No rés do chão da nossa relação,
Eu, por agora, por esta hora,
Meu amor,
Não consigo ser mais que um NÃO!!!
...um amor, no reino das patologias...
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Poesia :
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Comentários
Re: Mata-te, como ameaças...
Minha querida 8-)
Trrrivelmente, belo!!!!!!
Arrepiei-me da cabeça aos pés!
Vive!
Preciso dos teus poemas, de te conhecer pessoalmente,
e dar-te um xiiii reconfortante!
És muito especial para mim,como ser humano!
Admiro-te bastante!!!!
Paz,e luz, no caminho da tua vida................
Beijo carinhoso!
tua fã!
mm
Re: Mata-te, como ameaças...
"Cão que ladra não morde", dizem...
Não consigo ser mais que um NÃO!!!
O poema é simplesmente genial na forma como descarregas as mazelas que matam a essência dos afectos!!!
:-)
Re: Mata-te, como ameaças...
o quanto gosto da força dos teus poemas...
a ameaça de quem amamos pode doer ainda mais que a própria morte
gostei mto
bjos
Re: Mata-te, como ameaças...
Alma poderosa Ana!
Penso ser a primeira que a leio, mas do alto desse 12º andar sinto que poderia ser a torre mais alta do mundo... talvez em cada espaço devesse colocar cada uma das letras desses versos!
Parabéns.
rainbowsky
Re: Mata-te, como ameaças...
Ana, minha querida, poetisa da alma,
Mais um belo escrito. Um poema que me tocou muito, pela força dos versos, pela forma como vais discorrendo sobre um amor doente. Numa escrita que cresce, um final forte e firme num grito vindo das entranhas: NÃO! Como uma capacidade de refutar a doença.
Ana, é muito bom ler-te, muito!
Um beijo do lado de cá do mar.
Re: Mata-te, como ameaças...
Lindíssimo o teu poema Ana!
A ruptura inalterável resultante de uma dor q foi engordando e hoje é mórbida de tão obesa...
"Meu amor, não abro os braços...
Meu amor, não tenho forças...
Mata-te como ameaças...
Eu não morro, prometo-te!!
No rés do chão da nossa relação,
Eu, por agora, por esta hora,
Meu amor,
Não consigo ser mais que um NÃO!!!"
Parabéns minha querida!
Beijinho tão grande em ti!
Inês
Re: Mata-te, como ameaças...
Um grito deveras sentido.
A firme ironia
Eu não morro, prometo-te!!
No rés do chão da nossa relação,
Que bom que é te ler Ana!
Re: Mata-te, como ameaças...
Olá anadeornelas,
Gostei do teu poema, muito intenso.
Um grande "NÃO!!!", forte e sentido.
Um Abraço,
Pedro