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MESA DE BAR
Dois copos de chope sobre a mesa:
bailarinas alemães,
grinaldas de espuma.
Fumaças fúteis, vãs,
se soltam uma a uma
formando um nevoeiro
a partir do meu cinzeiro.
bailarinas alemães,
grinaldas de espuma.
Fumaças fúteis, vãs,
se soltam uma a uma
formando um nevoeiro
a partir do meu cinzeiro.
Sobre a rasgada toalha
de tecido xadrez-mortalha,
alguém passou por ali e pôs
um grãozinho de feijão, outro de arroz.
Na minha frente,
de maquiagem carregada,
tentando ser como a gente,
embriagada desde cedo,
a rapariga que me mete medo.
Eu acho que bebi demais...
O feijão (repara!)
tem um olho na barriga e me encara,
e me segue os movimentos.
E este grãozinho de arroz,
que está me apontando o dedo.
deve ser uma caixinha de segredo.
J. Thamiel
Guarulhos, 22.11.17
19:55h
Submited by
quarta-feira, novembro 22, 2017 - 22:01
Poesia :
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