CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Meu instinto é dado pelos dedos mindinhos

Meu instinto é dado pelos dedos mindinhos,
Minha ilusão doada por videntes vários, sendo dois
Creio nas sensações que sinto, bora nem sinta
E ainda que estranhas estas, quais concorrem

Na minha pele fina como fosse vulgar tela,
íntima e tão próxima de mim, no cabelo colado
Ao corpo, nos cotovelos se finca, inda que dobrados
Sob mim próprio, sob a nuca em novelos,

A minha felicidade não é humana, fendida
Em proporções desiguais como uma cana,
É uma amálgama das coisas mais estranhas
Vendidas por um sinistro ser sem olhos

Numa sinistra ameia, pendente nas pontas
De seis dedos, magro oco meu tronco, comprado
A troco de nada ou por coisa pouca, colado
Em pedaços sou menos que uma pequena coisa,

Inumano por completo, duvido do que vejo
Ou conheço com vida própria, engano dos olhos
A paisagem é um letreiro sem graça, na vidraça
Baça da janela um mundo bafejado, visão do vazio

Onde qualquer coisa esvoaça, secreto espectro
Da descrença, a ânsia fria de não ter partido
Com receio de me perder no escuro, antes
Mesmo do despertar e do dia madurecer

Semelhante a outro ou como imagem num
Espelho, mal impressa e incoerente vista de fora
Pra dentro, indistinta e de estatura média,
Assim minha alma segreda ao instinto menor

Da mão destra …

Joel Matos ( Fevereiro 2022)

https://namastibet.wordpress.com

http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

sexta-feira, fevereiro 25, 2022 - 18:23

Poesia :

Your rating: None (1 vote)

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 3 dias 2 horas
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 42009

Comentários

imagem de Joel

Meu instinto é dado pelos

Meu instinto é dado pelos dedos mindinhos,
Minha ilusão doada por videntes vários, sendo dois
Creio nas sensações que sinto, bora nem sinta
E ainda que estranhas estas, quais concorrem

Na minha pele fina como fosse vulgar tela,
íntima e tão próxima de mim, no cabelo colado
Ao corpo, nos cotovelos se finca, inda que dobrados
Sob mim próprio, sob a nuca em novelos,

A minha felicidade não é humana, fendida
Em proporções desiguais como uma cana,
É uma amálgama das coisas mais estranhas
Vendidas por um sinistro ser sem olhos

Numa sinistra ameia, pendente nas pontas
De seis dedos, magro oco meu tronco, comprado
A troco de nada ou por coisa pouca, colado
Em pedaços sou menos que uma pequena coisa,

Inumano por completo, duvido do que vejo
Ou conheço com vida própria, engano dos olhos
A paisagem é um letreiro sem graça, na vidraça
Baça da janela um mundo bafejado, visão do vazio

Onde qualquer coisa esvoaça, secreto espectro
Da descrença, a ânsia fria de não ter partido
Com receio de me perder no escuro, antes
Mesmo do despertar e do dia madurecer

Semelhante a outro ou como imagem num
Espelho, mal impressa e incoerente vista de fora
Pra dentro, indistinta e de estatura média,
Assim minha alma segreda ao instinto menor

Da mão destra …

Joel Matos ( Fevereiro 2022)

https://namastibet.wordpress.com

http://namastibetpoems.blogspot.com

imagem de Joel

Meu instinto é dado pelos

Meu instinto é dado pelos dedos mindinhos,
Minha ilusão doada por videntes vários, sendo dois
Creio nas sensações que sinto, bora nem sinta
E ainda que estranhas estas, quais concorrem

Na minha pele fina como fosse vulgar tela,
íntima e tão próxima de mim, no cabelo colado
Ao corpo, nos cotovelos se finca, inda que dobrados
Sob mim próprio, sob a nuca em novelos,

A minha felicidade não é humana, fendida
Em proporções desiguais como uma cana,
É uma amálgama das coisas mais estranhas
Vendidas por um sinistro ser sem olhos

Numa sinistra ameia, pendente nas pontas
De seis dedos, magro oco meu tronco, comprado
A troco de nada ou por coisa pouca, colado
Em pedaços sou menos que uma pequena coisa,

Inumano por completo, duvido do que vejo
Ou conheço com vida própria, engano dos olhos
A paisagem é um letreiro sem graça, na vidraça
Baça da janela um mundo bafejado, visão do vazio

Onde qualquer coisa esvoaça, secreto espectro
Da descrença, a ânsia fria de não ter partido
Com receio de me perder no escuro, antes
Mesmo do despertar e do dia madurecer

Semelhante a outro ou como imagem num
Espelho, mal impressa e incoerente vista de fora
Pra dentro, indistinta e de estatura média,
Assim minha alma segreda ao instinto menor

Da mão destra …

Joel Matos ( Fevereiro 2022)

https://namastibet.wordpress.com

http://namastibetpoems.blogspot.com

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Ministério da Poesia/Desilusão barbearia 0 5.033 11/19/2010 - 19:27 Português
Ministério da Poesia/Desilusão assim assim... 0 4.154 11/19/2010 - 19:26 Português
Ministério da Poesia/Soneto Morcegario 0 3.782 11/19/2010 - 19:24 Português
Ministério da Poesia/Gótico o corvo (poe) tradução livre 0 3.288 11/19/2010 - 19:23 Português
Ministério da Poesia/Desilusão Asas d' 0 5.928 11/19/2010 - 19:23 Português
Ministério da Poesia/Intervenção O homem fronha 0 2.205 11/19/2010 - 19:23 Português
Ministério da Poesia/Paixão Da paixão 0 2.046 11/19/2010 - 19:23 Português
Ministério da Poesia/Intervenção Parle-moi 0 2.335 11/19/2010 - 19:23 Português
Ministério da Poesia/Desilusão Vega 0 3.743 11/19/2010 - 19:23 Português
Ministério da Poesia/Intervenção os míseros não têm mando 0 2.007 11/19/2010 - 19:20 Português
Ministério da Poesia/Dedicado Da Paixão 0 1.310 11/19/2010 - 19:20 Português
Ministério da Poesia/Intervenção Do tempo cego 0 1.789 11/19/2010 - 19:19 Português
Ministério da Poesia/Dedicado Sophya 0 2.358 11/19/2010 - 19:19 Português
Ministério da Poesia/Geral Adverso ou controverso 0 3.261 11/19/2010 - 19:19 Português
Ministério da Poesia/Geral Parle-moi 0 4.487 11/19/2010 - 19:19 Português
Ministério da Poesia/Geral Volto já 0 2.336 11/19/2010 - 19:19 Português
Ministério da Poesia/Dedicado A minha Pátria 0 13.223 11/19/2010 - 19:18 Português
Ministério da Poesia/Soneto Panfleto 0 2.230 11/19/2010 - 19:18 Português
Ministério da Poesia/Soneto sonho ou pesadelo 0 1.612 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Geral adorei o sol 0 2.768 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Geral achigãns 0 5.247 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Geral feio sou 0 3.341 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Geral sonho 0 1.953 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Geral Amonte 0 6.209 11/19/2010 - 19:16 Português
Ministério da Poesia/Geral jura maré trovata 0 2.855 11/19/2010 - 19:16 Português