CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Mistérios
As cegonhas vieram dos céus azuis profundos
para este complexo esquema de cores incomuns.
O cor-de-rosa dissipa-se rápido
como acordar dos sonhos
dando lugar ao cinzento que os profetas previram,
aquando da sua viagem a bordo de uma agulha,
estendendo a linha do seus corpos numa costura moderna.
.
.
As línguas da lua já falaram comigo mais uma vez,
mas ao contrário das outras vezes
em que as visitei à noite
viajando num comboio de alta velocidade,
não falaram de ti, nem mencionaram sequer o teu nome.
.
.
Estranho nos pés os sapatos colados e não cosidos,
estranho na boca um rebuçado de mentol e eucalipto,
já que nunca pude tocar a tua face com beijos,
nem sequer rodeada de minúsculas borboletas .
.
.
O céu é já mais escuro mas há nele um amarelo suave;
ainda mais que a cor desta casa e deste muro
em que te escrevo, ao vento, o desalento que cresce em mim,
porque as cegonhas beijaram a lua.
- As cegonhas beijaram a lua e roubaram-na de mim!
.
.
Veio agora um morcego visitar-me
com flocos de nuvens nos olhos escuros.
- São os olhos do meu peito atravessado pela espada
radioactiva, que em fuligem se misturam e se juntam
ao luar. Em lume brando aquecem.
Entram em ebulição,
para que as lágrimas que surgem
desapareçam antes que a alma se rasge sem permissão.
.
.
- Para quê falar das cegonhas já pousadas nas árvores,
ou do céu colorido que vai mudando de cor?
A linha que cose os mistérios a cada hora,
não sabe nem saberá nunca...como remendar o amor!
rainbowsky
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 664 leituras
Add comment
other contents of rainbowsky
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Desilusão | Fantasia III - O meu próximo sentir | 2 | 974 | 08/02/2010 - 16:41 | Português | |
Poesia/Desilusão | O brilho dos teus olhos celestes | 2 | 1.256 | 08/02/2010 - 00:31 | Português | |
Poesia/Desilusão | Fantasia II - Respiro a vida | 3 | 1.237 | 07/29/2010 - 16:39 | Português | |
Poesia/Desilusão | Fantasia - O que me resta | 3 | 970 | 07/28/2010 - 23:49 | Português | |
Poesia/Desilusão | Copos Vazios | 1 | 830 | 07/23/2010 - 13:13 | Português | |
Poesia/Desilusão | O voo do anjo | 1 | 1.138 | 07/22/2010 - 20:44 | Português | |
Poesia/Tristeza | Sombras diversas | 5 | 648 | 07/22/2010 - 16:34 | Português | |
Poesia/Tristeza | Desafio Poético - Matas-me quando estamos juntos | 3 | 682 | 07/20/2010 - 18:18 | Português | |
Poesia/Tristeza | Na janela do meu peito... | 1 | 993 | 07/16/2010 - 10:26 | Português | |
Poesia/Tristeza | Palavras Invisíveis | 2 | 868 | 07/16/2010 - 08:47 | Português | |
Poesia/Desilusão | Detém-se, fecha as pupilas e vai embora... | 0 | 2.168 | 06/18/2010 - 18:07 | Português | |
Poesia/Tristeza | O eco dos teus ecos | 4 | 794 | 06/18/2010 - 17:33 | Português | |
Poesia/Desilusão | De relance vejo a vida... | 3 | 981 | 06/18/2010 - 12:26 | Português | |
Poesia/Amor | A impressora | 2 | 1.275 | 06/18/2010 - 07:18 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte V | 2 | 830 | 06/15/2010 - 21:06 | Português | |
Poesia/Dedicado | A Ministra Librisscriptaest | 3 | 899 | 06/15/2010 - 20:59 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte IV | 1 | 1.794 | 06/12/2010 - 16:08 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte III | 2 | 1.487 | 06/11/2010 - 12:09 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte II | 2 | 1.434 | 06/10/2010 - 11:03 | Português | |
Poesia/Geral | O último suspiro | 3 | 908 | 06/08/2010 - 19:40 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte I | 2 | 928 | 06/08/2010 - 09:42 | Português | |
Poesia/Desilusão | Este Sal | 1 | 1.278 | 05/31/2010 - 13:01 | Português | |
Poesia/Aforismo | Um instante de princípio e fim... | 2 | 746 | 05/28/2010 - 18:55 | Português | |
Poesia/Acrósticos | O banco leve das palavras esquecidas | 2 | 1.088 | 05/26/2010 - 15:29 | Português | |
Poesia/Intervenção | Sonho Terapia III | 1 | 1.149 | 05/26/2010 - 13:35 | Português |
Comentários
Re: Mistérios
"Veio agora um morcego visitar-me
com flocos de nuvens nos olhos escuros.
- São os olhos do meu peito atravessado pela espada
radioactiva, que em fuligem se misturam e se juntam
ao luar. Em lume brando aquecem.
Entram em ebulição,
para que as lágrimas que surgem
desapareçam antes que a alma se rasgue sem permissão."
As imagens q desenvolves na minha mente deslumbram-me sempre!
:)))))
Beijinho grande em ti!
Inês
Re: Mistérios
Caro poeta
Verdade, jamais se descobriu ou se descobrirá
uma forma de o amor remendar...Magnífico poema
Parabéns!
Beijinhos no coração
Re: Mistérios
A linha que cose os mistérios a cada hora,
não sabe nem saberá nunca...como remendar o amor!
Excelente Rain, um poema excelente.
Abraço
Nuno