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Moderato Cantabile (Sophie e brunofilipe)

A dois passos do sonho
                                    num último gesto
           de uma penúltima vez

procuro o re-verso da face
                                    a curva em sombra
              um rumor antigo

como uma teia finamente
                                  esfumada
                         em fogo

onde os contornos se detinham
                                           sem termo.


Flores de areia ornam a secreta marcha
Seguimo-las sob a pele do deserto
Intrusos num compasso de luz
Ofegam difusos pegadas deixadas ao passado
Carpindo as vozes num árido blandícia
Escrevem amenos, pelo íntimo
O cântico morno e errante que a noite acolhe


Caminhámos entre os aros das frestas
                                                        e um desejo incomum

pautas sobre pausas
                             dis per sas

desfiados cantos
                        imperscrutáveis tons.


«Sibila, lembra-me o sacro limbo
                                              das águas

           onde uma segunda vela
mais atrás

te desenhava ao contorno dos lábios
proferindo a Palavra eterna
como se um pacto de incêndio
                                           sobreviesse
                         do meu corpo.»


(Cubro, de uma só vez,
                                    a voz)

            vogo sem hora pelo tempo

E após a descida da noite
uma criança nasce do olho
                                      em chama

Onde, fechadas sobre si,
as mãos se abandonaram ao sonho


e te revelaram
                ao Canto

«Longe me levam as faias
por entre laços de vidro
                                  em quebra

quedas abruptas que se somam
tonalidades oclusas
                           que te sopram
altares de rocha que distendo

avultadas formas sem forma

de um vermelho
                      quase escuro

que me rege.»


Luas vermelhas saciando-se na dança, majestades
Choram fado e parto, partes
Pelas cordas geométricas da sublime pirâmide
Amparados no balouçar próprio desse barco de marfim
A maré leva-nos
Leva-nos pela boca do universo
Onde engolem-se silêncios e crestam-se
Palavras no paladar da espuma alva
Pelos sulcos da travessia, elas trocam-se

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domingo, março 6, 2011 - 19:40

Poesia :

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brunofilipe

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Comentários

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Um quadro emoldurado na

Um quadro emoldurado na magia 

e seus mistérios ....

 

Magnifico ....sem mais palavras....

 

 

Beijos

Susan

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