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MORTE
Quando meu peito exalar o último alento,
Não derramem na campa um vão lamento.
–- Lágrimas puras!
Não quero de tuas faces o pranto,
Do olhar meigo desfazer o encanto,
–- Névoas escuras!
Não quero estátuas tendo a cova como esteira,
Defronte a viúva enrodilhando a bandeira,
–- Pendão anajá!
E a doce flor que sucumbiu meu medo,
Meiga donzela que amei em segredo,
–- Minha sinhá!
Sobre a pálida face a dor chorosa fúnebre,
Um canto feral que o demônio nutre,
–- Anjo da morte!
Já bastou em vida o palor maldito,
Nevado peito no calor bendito,
–- Jogado à sorte!
Brotavam das dores os tristes versos,
Fendas no peito, louvores esmeros,
–-Triste poesia!
Como Maria aos pés do Redentor,
Cedendo os prantos e o nosso Senhor,
–- Volve alegria!
Este ode feral que me trouxe teus beijos,
Deixou-me na alcova, ardente os desejos,
–- Oh, adorada!
Levo teu sorriso farto, o perfume doce,
E a esperança doida que um dia fosse,
–- Minha amada!
Como errante andei nos outeiros frios,
E do mar bravio até os mansos rios,
–- Sem encontrar!
Como a monarca na jornada infinda,
Voltando chora um sofrer ainda,
–- Abraça-te mar!
Como eu que nessa marcha dúbia,
Inebriado nos cantos de tua volúpia,
–- Sucumbi!
Se levo apenas da donzela um beijo,
Eterno faz um sentir que almejo,
–- Amor de ti!
Não há morada perene nesta terra,
Subirá minh’alma ao porvir que espera,
–- Eu creio!
Findar dos prantos, o anjo socorre,
Em brumas divinais a alma não morre.
–- Meu devaneio!
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Poesia :
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Comentários
Re: MORTE
Tão belo, quanto triste.
Re: MORTE
Betofelix!
MORTE
Bela narrativa poética, gostei imensamente de teu lindo poema, que narra as pompas fúnebres de sua amada, adorada mulher; (um belo para narrar um triste)
Meus parabéns ao Poeta, meus pêsames ao personagem!
Com muito respeito,
MarneDulinski