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Não.

Cheguei ao fim de um caminho sem travessões. Não estou em casa comigo, não estou em casa contigo, preciso começar a viver. Tenho um fantasma entranhado no meu coração e atormenta-me a cada batida sua. Sou humana, gostava que me visses. Que enxergasses o que de dentro de mim brota. Sou viúva negra em dias de sol e rainha sorridente na chuva que escorre por minha pele. Não me apontes um dedo que nada sabe de si. Não digas que fazes, não digas por dizer, diz por sentir, por querer. Estou cansada, demasiado cansada para dormir. O sabor dos lençóis sacudidos pela noite dentro não é o mesmo sem nosso ser entranhado neles. És um ladrão. Sim, és. Roubaste-me um coração que contigo partilhei. Louca foi eu, pensar em meu êxtase demorado, que a mim nada me tinhas entregue. Sem ti, sem ti, o mundo não é mais mundo. Não estou mais em minha casa, não sou mais quem fui. Sinto-te, se te sinto, quero-te, desejo-te. Quero-te. Sinto-me. Afirmo-me, num penhasco frente à lua “Não te deixarei me matar”.

 

 

(Desabafo) 13-03-2012

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terça-feira, março 13, 2012 - 01:45

Poesia :

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JoanaSilva

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Comentários

imagem de Henricabilio

Escolher a dor de um sim ou

Escolher a dor

de um sim

ou um não,

que sorria enfim

o que faz melhor

ao coração.

 

Saudações!

 

_Abilio.

imagem de JoanaSilva

Amigo Abilio, obrigada pelas

Amigo Abilio,

obrigada pelas suas palavras certeiras! :)

e seja bem vindo ao meu cantinho!

Beijo, Joana.

imagem de Jorge Humberto

Querida, Joaninha,

Querida, Joaninha,
 

palavras tristes as tuas, que assim teriam de ser, no chegar-se ao fim de um caminho, onde não mais estás em casa contigo, nem a um outro vislumbrando, por tua companhia. No entanto sabes que precisas de começar a viver, afastando de vez esse fantasma, entranhado no teu coração, atormentando-te a cada batida sua. Humana és, e acredita que assim te vêem e o que dentro vive em ti, porque em cada texto teu, aos outros sempre te dás, sem floreados desnecessários, que sempre nos falseiam, usando antes de uma sinceridade, não escondendo as tuas dualidades, que não são apenas tuas, mas de todo e qualquer ser humano sensível, que se questiona, por querer sempre ir mais além, sem olhar para trás. Deixa que as chuvas primaveris, sejam na tua pele, assim te revigorando, dá-te ao sol e deixa-te adormecer, inda que te sintas cansada demais para dormir. Todos precisamos de um sono descansado, para que os olhos, da manhã primeira, enterneçam os olhos nossos, dando-se ao horizonte e ao que lá nos aguarda: flores mil, que são cardos e rosas, como estas tuas prosas, que não te falham, pela vontade/necessidade, de nelas te descobrires, e assim sejas em ti como nos tantos que te lêem e se deixam encantar, pela excelência de teu ser, de tua escrita. Sempre no Homem, existe uma imperiosa vontade, de se dizer, no dizer, o que dizer sente, por seu querer. Claro que todos somos falíveis, e por assim sermos, nem sempre sabemos escolher, o que julgamos saber querer dizer, abrimos a boca, e a nossa voz, nos outros mais não é do que um grito tolhido na garganta. Mas é pelo erro ( e não que tenha maldade) que acabaremos por nos acertar: e a quem aprendeu, e a quem soube esperar, nos dois, belo sorisso em flor, em luz botão, se abrirá.  De que nos serve arrepender, se o melhor (sempre nos diz a vida) é o que está por vir? Pela nossa afirmação, ante a pecularidade da lua, nunca nos deixaremos matar!
 

Como sempre, querida, Joana, gostei de te ler e comentar. Perdoa-me, se sempre acabo por me exceder! Mas tuas prosas, teus poemas, são os culpados, pela sua beleza tamanha, por toda a sabedoria que sabes transmitir e fazer-nos refletir. Continua, nessa paixão de escrever.
 

Beijinhos meus
Jorge

imagem de JoanaSilva

Querido Humberto, É sempre

Querido Humberto,

É sempre maravilhoso ler os teus comentários, não te estendes, apenas divagas com as muitas palavras repletas de poesia que te vão na alma.

Obrigada pelas tuas palavras, quem tem uma alma de poeta certamente reconhece o pensamento alheio.

Beijinhos, Joana.

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