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Não há Cura

Eu descobri (dura e amarga realidade)
que a felicidade não é algo a que
eu tenha direito.
Não tenho direito a essa tal felicidade.

Eu descobri agora,
mas eu sempre soube,
nunca serei feliz com você, sem você ou
depois de você. E nem infeliz.

Gostaria de ter morrido antes de conhecer-te,
porque agora quem é que vai amenizar tamanha dor?
- Ninguém!
Não há cura para minha doença.

Já comecei a morrer, desde que
o meu olhar cruzou fortuitamente com o seu.
Um câncer de alma corrói-me verozmente.
Não há cura para minha doença.

Nem sei se quero me curar.
Para que a vida sem você?
E depois de você onde há vida?
Não há cura para minha doença.

Já não sei em que acreditar,
todas verdades que eu trazia hoje são mentiras!
E me apego às mentiras para sobreviver.
Não há cura para minha doença.

A morte me faria um favor se cedo viesse,
seria um bálsamo para meus pés cansados de errar,
seria descanso para minhas lágrimas.
Não há cura para minha doença.

Cada minuto que se arrasta lentamente com teu silêncio,
silencia qualquer sorriso meu.
E grita ensurdecidamente essa dor dilacerante.
E sei que não há cura para minha doença!

Você simplesmente resolveu desaparecer
como disse que nunca faria,
e matou toda e qualquer esperança de paz que havia.
Não há cura para minha doença.

As horas não irão passar até que eu descubra
onde foi que nosso elo se despedaçou.
Enquanto isso eu vou adoecendo a cada instante.
Pois não há cura para minha doença.

Gostaria que a eutanásia fosse algo a que
eu tivesse direito. Ou quem sabe à
felicidade que eu desconheço.
Pois com certeza não há cura para esse mal no meu peito.

- Não há cura para minha doença
 

Poema de autoria de Lilly Araujo

Submited by

terça-feira, março 29, 2011 - 03:49

Poesia :

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LillyAraujo

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Comentários

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Não Há Cura Para Minha Doença

Lindo e ao mesmo tempo um triste poema!

Ninguém tem o direito de se condenar a morte, a sí e ou a outrem!

MarneDulinski

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