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Não jaz meu corpo
Não jaz meu corpo
Não serei refúgio de traças!
E nem acossado por um algoz que trama
Aprisionar-me no cárcere de angustia
E nem flagelar-me com dor e asfixia
Não! Abutres comedores de carniça
Minha carne ainda não jaz morta
Como um fruto podre que se putrefaz
Não! Jamais irão sorver o pus de minhas chagas
Seres nojentos e desprovidos de humanidade
Demolir o antro no qual te escondes
Varre-los com a fúria de minha língua em cólera
Seres desprezíveis, esporrar a máscara que te cobres.
A face que fica oculta causa muito mais dano
Pois se disfarçam nas mais diferentes torturas, arre!
(29/05/08)
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Comentários
Re: Não jaz meu corpo
Dav,
Gostei! Uma luta interna em busca da sobrevivência! Vejo uma luz...
Bj :-)
Re: Não jaz meu corpo
Dav_Rodrigues!
Não jaz meu corpo
Lindo teu Poema
Não! Abutres comedores de carniça
Minha carne ainda não jaz morta
Como um fruto podre que se putrefaz
Não! Jamais irão sorver o pus de minhas chagas
Se forem metáforas...
Defendo os abutres, eles limpam a podridão da terra, comem as reais carniças, que sem eles, muito mais pragas e doenças existiriam em nosso querido planeta!
O homem, sim, diz-se ter inteligência, mas só polui e nem está, para o que deixa aos seus descendentes e outras vidas, em nossa mãe terra!
Fugi do assunto, mas veio comichões nos dedos, e não parei de dedilhar palavras!
COM CARINHO E RESPEITO,
MarneDulinski
Re: Não jaz meu corpo
Marne meu amigo ao me referir "abutre" falo em metáfora com o seguinte sentido: "não me entreguei ainda". Esta poesia esta datada e nesse período eu estava numa luta comigo mesmo, por isso, utilizei esse termo.