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A noite e o imortal

Derramo lágrimas negras da minha retina, criadas desde o inicio dos tempos em que ainda no mundo, reinava um portal para futuras esperanças onde os Homens ainda eram tratados como Homens.

Formo a minha alma nos confins do nada, longe da existência contaminada pela noite humana que nos transfigura em animais sedentos de desejo.

(Imaginando o sol, se este fosse o astro que idolatrava como a lua ou uma invenção animalesca moderna)

Tudo fica a uma escala pequena quando nascemos gigantes de carne e espírito,
herdeiros dos espíritos libertinos dos avós revolucionários,
que permanecem vivos na idade do ouro como o fogo que Prometeu imortalizou.

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domingo, outubro 11, 2009 - 17:07

Poesia :

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angelofdeath

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Comentários

imagem de Alcantra

Re: A noite e o imortal

angelofdeath,

Um tom amargo calcado à realidade.

Abraços!

Alcantra

imagem de analyra

Re: A noite e o imortal

Sentir-se prometeu acorrentado a este cáucaso humano, tão insano, tão doído, gigante comido por ave pontual, regenerado, resignado, observando do alto o mal...
Lindo este teu poema, adoro poemas que formam imagens.
Grande abraço.

imagem de Manuelaabreu

Re: A noite e o imortal

Olá amigo já tinha saudades de ler uma poesia tua.
Parabéns por esta tua meditação.
...e se a interpreto bem ou não fica aqui a questão...
interpreto a tua poesia como a ambição do Homem...
e passo a citar esta tua expressão, verdadeiríssima em termos de ambição:

"Formo a minha alma nos confins do nada, longe da existência contaminada pela noite humana que nos transfigura em animais sedentos de desejo."

Uma vez mais Parabéns! :-)

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