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Num impasse


Há no tempo uma lacuna impenetrável
Um caos onde se esconde a inutilidade
Breves momentos que não servem para nada
Buracos negros sem futuro e sem história
Onde o cosmos conspira contra a humanidade

Não se define aquilo que não é palpável
É nesse nada que passeia ao lusco-fusco
Esse fantasma que vagueia sem ter rastro
Que os sonhos morrem no vazio do esquecimento
E o ser humano deixa de ser sociável

No esconderijo onde se guardam sentimentos
Cela ou guarita encerrada a sete chaves
Há toda uma noite que respira desamor
Não há minutos, nem segundos, só entraves
Cratera onde a vida faz morada num impasse…

Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
nandaesteves@sapo.pt

Submited by

sábado, abril 3, 2010 - 17:12

Poesia :

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Nanda

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Comentários

imagem de Henrique

Re: Num impasse

Caótico mas um belo poema, intenso!!!

:-)

imagem de Anonymous

Re: Num impasse

Um excelente texto, Nanda.
Dos que mais apreciei ler, teus.
Beijo
Vóny Ferreira

imagem de jopeman

Re: Num impasse

Destaco

"Não se define aquilo que não é palpável
É nesse nada que passeia ao lusco-fusco
Esse fantasma que vagueia sem ter rastro
Que os sonhos morrem no vazio do esquecimento
E o ser humano deixa de ser sociável"

excelente

bjos

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