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Num impasse
Há no tempo uma lacuna impenetrável
Um caos onde se esconde a inutilidade
Breves momentos que não servem para nada
Buracos negros sem futuro e sem história
Onde o cosmos conspira contra a humanidade
Não se define aquilo que não é palpável
É nesse nada que passeia ao lusco-fusco
Esse fantasma que vagueia sem ter rastro
Que os sonhos morrem no vazio do esquecimento
E o ser humano deixa de ser sociável
No esconderijo onde se guardam sentimentos
Cela ou guarita encerrada a sete chaves
Há toda uma noite que respira desamor
Não há minutos, nem segundos, só entraves
Cratera onde a vida faz morada num impasse…
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
nandaesteves@sapo.pt
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Poesia :
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Comentários
Re: Num impasse
Caótico mas um belo poema, intenso!!!
:-)
Re: Num impasse
Um excelente texto, Nanda.
Dos que mais apreciei ler, teus.
Beijo
Vóny Ferreira
Re: Num impasse
Destaco
"Não se define aquilo que não é palpável
É nesse nada que passeia ao lusco-fusco
Esse fantasma que vagueia sem ter rastro
Que os sonhos morrem no vazio do esquecimento
E o ser humano deixa de ser sociável"
excelente
bjos