CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
O QUE ARDE JÁ NÃO TORNA A ARDER
O que arde já não torna a arder
O tempo que arde já não torna a acender,
É o tempo que vai passando, não volta outra vez,
Tudo o que arde se vai apagando, são lembranças apenas,
Deixando saudades ou não e até alguns dilemas.
O tempo deve – se viver e não contar o que se vive,
Não devemos perdê – lo nos momentos em que se convive,
Contar o tempo de viver, pouco ou nada interessa,
Mais vale que lhe demos vida e que ela não se esqueça.
Tem mais valor dar vida ao tempo do que tempo à vida,
E a vida só tem valor quando ela é bem vivida,
Nunca tirando o tempo de ninguém, para viver o nosso,
Criando entre as vidas lamentos e um grande fosso.
O tempo segue sempre o seu eterno caminho sem regresso,
Vai passando e vai desgastando e nunca volta ao começo,
E as folhas da árvores caducas vão caindo no chão,
Pisadas por toda agente e nunca se sabem quem são.
Pisamo- las sem dar qualquer importância,
E nunca olhamos para o chão dentro da nossa ignorância,
E o tempo as deixas cair e outras tornam a vir,
Nos Outonos do tempo, sem nunca as reprimir.
Umas vão e outras vêm sempre verdes e viçosas,
E o tempo vai andando e nunca deixam de ser amorosas,
As que caem já não se levantam e as que nascem são delicadas,
Da cor da esperança da vida e noutro Outono serão caídas.
Em todas as Primaveras é vê – las sempre a crescer,
Com a certeza do tempo que um dia vão descer,
À terra onde se criaram, enquanto a árvore for mãe,
E o tempo vai andando, andando no seu caminho infinito também.
Com a sua eternidade e no seu poder congénito,
Que vai correndo sem se ver e nunca será restrito.
E a vida que vamos vivendo com alegria ou tristeza,
O tempo não quer saber porque sabe a nossa certeza,
Assim como o nosso caminho com a meta estabelecida,
Marcada logo à nascença para a vida ser vivida.
E o tempo na sua senda vai deixando os seus despojos,
Entre as lindas flores e outros lugares mais rigorosos,
E a vida vai sempre olhando e deixando de olhar,
Para o tempo que vai contando e deixando de contar.
Tavira, 16 de Dezembro de 2010 – Estêvão
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1187 leituras
other contents of José Custódio Estêvão
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Erótico | LINDAS PERNAS | 0 | 6.952 | 04/20/2016 - 09:40 | Português | |
Prosas/Pensamentos | REFLEXÃO | 0 | 3.136 | 04/13/2016 - 11:42 | Português | |
Poesia/Meditação | O VENTO BATE À JANELA | 0 | 4.263 | 04/13/2016 - 11:27 | Português | |
Prosas/Pensamentos | A VIDA | 0 | 3.623 | 04/06/2016 - 10:12 | Português | |
Poesia/Dedicado | AR É VIDA | 0 | 2.940 | 04/06/2016 - 09:56 | Português | |
Poesia/Meditação | NADA ME PERTENCE | 2 | 2.230 | 03/31/2016 - 10:22 | Português | |
Prosas/Pensamentos | AURÉOLA | 0 | 5.295 | 03/30/2016 - 10:59 | Português | |
Prosas/Pensamentos | UM TROVÃO | 0 | 2.545 | 03/23/2016 - 11:09 | Português | |
Poesia/Meditação | SE NÃO SE PLANTAR | 0 | 2.791 | 03/23/2016 - 10:55 | Português | |
Poesia/Dedicado | O GOSTO DE APRENDER E ENSINAR | 2 | 5.486 | 03/18/2016 - 11:32 | Português | |
Prosas/Pensamentos | A TERRA | 0 | 4.995 | 03/16/2016 - 11:51 | Português | |
Prosas/Outros | ATÉ O MAR | 0 | 2.957 | 03/09/2016 - 12:33 | Português | |
Poesia/Intervenção | A DESGRAÇA DE UMA NAÇÃO | 0 | 5.286 | 03/09/2016 - 12:28 | Português | |
Poesia/Dedicado | A MÚSICA | 2 | 3.948 | 03/06/2016 - 13:06 | Português | |
Poesia/Meditação | ERRAR É HUMANO | 2 | 3.641 | 03/06/2016 - 13:03 | Português | |
Prosas/Pensamentos | HUMANOS | 0 | 540 | 03/02/2016 - 11:27 | Português | |
Poesia/Dedicado | QUEM RIU DE MIM | 0 | 1.481 | 02/24/2016 - 11:23 | Português | |
Poesia/Meditação | NUVENS PRETAS | 0 | 2.658 | 02/17/2016 - 11:23 | Português | |
Poesia/Amizade | DORA | 0 | 1.963 | 02/10/2016 - 15:51 | Português | |
Poesia/Meditação | POR FORA E POR DENTRO | 0 | 3.724 | 01/27/2016 - 12:48 | Português | |
Poesia/Intervenção | QUEM TEM UNHAS | 0 | 2.084 | 01/20/2016 - 11:09 | Português | |
Poesia/Amor | É UM SOFRER SEM QUERER | 0 | 5.266 | 01/13/2016 - 11:13 | Português | |
Poesia/Meditação | VENCEDORES E VENCIDOS | 0 | 2.869 | 01/06/2016 - 15:59 | Português | |
Poesia/Meditação | A CAÇA E O CAÇADOR | 0 | 6.880 | 12/30/2015 - 10:58 | Português | |
Poesia/Meditação | SORTE | 0 | 4.573 | 12/23/2015 - 15:55 | Português |
Add comment