o sentir

Perdi-me na realidade, poderia ter confundido o sonho com o que realmente é...
Posso ser então mais feliz em acreditar no que não toco, no que imagino poder ter, o presente provado magoa muito mais e pretendo manter-me feliz enganando-me a mim mesma se tiver de ser...
A certeza dum facto é mais cruel que a incerteza delicada apenas do que teimo em ser...
O louco encontra-se realizado no que construiu, o ciente pode ver ruir tudo o que tinha como certo!
Como certo tenho o amor de minha mãe, e sorrio na incerteza daquele amor de um ser que talvez nem chegue a conhecer...
Perguntam-me vós o amor incerto é suficiente?
Pode ser sim na medida em que acredito nele à minha humilde forma...
A mente pode baralhar factos, mas até onde vai um facto? Até onde um sentimento de outro alguém pode ser uma certeza? Até onde é facto esse amor apregoado?
Pois nunca será...
Provas do sentir podem existir, mas só serão assim se permitirmos que a ideia seja certa...
Cada peito sente de forma complexa ou simplista cada sentir...
E se todos sentem diferente onde se encontra a forma universal da mesma palavra?
Não se encontra...
Milhões de anos passaram em que foram despejados sentimentos de amor, odio, paixão e traição para uma folha e no entanto nunca alguém na verdade sentiu da mesma forma...
Eu pretendo gritar este sentimento com perfil unico e será genuino vos garanto, tão genuino que ninguém conseguirá gritar com igual garra e força...
Não sou melhor que ninguém nem represento dilataçoes fogosas do que me vai cá dentro melhor que tu e tu e tu...
Sou apenas eu e sangro nas veias poeticas com a paciencia que não existe aqui...
Esse fluir registado que eternamente viverá ao longo da minha vida significante que com prazer criaram...
Tenho apenas de agradecer plo dom de extravazar aquilo que rebenta meus poros inquietos... e enaltecer quem consegue ler com olhos de ler...mas que simplesmente me lê...
obrigada