O ser de migalhas

Esperando pelo recuo do mar, ao vento joga murmúrios de clemência aos estranhos pilares terrestres da praia
fechando o casaco de botões descosturados barra-se do frio pela manhã
que pede migalhas de doçura e satisfação, que olha para habitantes metropolitanos, como se venário fosse.
caminhando então, contempla o seu poder de esquivar-se de pedregulhos maciços, quanto grandes.
ao deparar-se com migalhas terrestres, entristece, e refugia-se no templo imaculado do próprio ser desmerecido de pesares
passeando pelos lugares de lembranças passadas, traga sabores amargos, come da própria carne seca, e bebe de fontes sedentas e pedrilhadas
faz-se o nada como, tal ser sempre será, atrás de migalhas para saciar-se.