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O SILÊNCIO DE QUEM CHORA
O silêncio de quem chora
é a boca de uma piton predadora
que nos esmaga a alma sem clemência.
É como quem dedilha
um piano de pernas pró ar
de mãos atadas atrás das costas
sobre teclas desassossegadas.
É uma hipotermia
de lágrimas gélidas emudecendo
paisagens distorcidas por mágoas elefantes.
Chorar é caminhar
sobre pontes de cordas podres
num penhasco de vertigens suicidas.
É sermos relógio parado entre margens
apegadas por um arco-íris a preto e branco.
O silêncio de quem chora é uma coruja
desencantando-nos ao ouvido sentires de desgraça.
Gargalha-nos sofrimento,
empoleirado em ramos de Outono
na árvore da noite num açoite de queixumes asfixiados.
Chorar é uma falta de ar imensa
onde o silêncio é um remoinho de gritos,
vindos em vento frio sem sabermos bem de onde.
É um diabo
que nos morde a língua
com palavras em Braille
neste inferno onde o fogo é solidão.
O silêncio de quem chora
é uma sinfonia de dor e perda.
É um violino
de saudade desafinada
que nos horripila os sentidos.
É uma âncora de amor
Que nos fundeia os lábios em poesia gótica.
Chorar é um trono
em alto mar de onde nada se avista
a não ser horizontes de névoas alucinogénicas.
O silêncio de quem chora
é um tela de cores abstractas
sobre papelão ensopado de vazio.
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Comentários
Profunda poesia...
Profunda poesia...
O silêncio de quem chora
"É uma hipotermia
de lágrimas gélidas emudecendo
paisagens distorcidas por mágoas elefantes."
Designa de uma forma esparsa os silêncios; de quem chora; talves para levantar a voz que morre nas goelas.
( É uma ancora de amor"
É dor que se exprime nas essências que esmigalham os sonetos.
Gostei do que o meu amigo consegue dizer como, suponho:
Já não são pratos, mas presentes oferecidos aos estetas que somos obrigados a ser.
Gostei de te ler bem profunda é a forma como vejo.
Abraço.