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OLHOS TRISTES
OLHOS TRISTES
Vejo uns olhos tristes que olham para mim,
São olhos a dizerem que a fome os deixou assim,
Os meus olhos que estavam tão brilhantes,
Ficaram tristes por não terem força para os ajudar,
As palavras só não chegam, é preciso trabalhar,
Para que, aqueles olhos tristes fiquem importantes.
Olhos tristes, pretos brancos ou amarelos,
São sempre olhares que são belos,
Triste, é a tristeza de quem os abandonou,
Fora das suas almas, esquecendo o seu motivo,
Pois estão tristes por estarem apensas consigo,
E pensam que para eles tudo acabou.
Olhos tristes que gritam por uma ajuda urgente,
Porque são olhos iguais aos de toda agente,
Alguém passa, olha e não os vê a chorar,
Passam, nada sentem e dizem que não é nada,
Continuam alegres e contentes na sua caminhada,
Simplesmente é mais simples ignorar.
Olhos tristes de coração partido, ficam sozinhos,
Têm tanta gente à sua volta e não têm vizinhos,
Têm a esperança perdida mas, esperam a sua sorte,
Que outros olhos os vejam e lhes estendam a mão,
Lhes indiquem o caminho, pois não sabem para onde vão,
Ou então, esperam apenas a mão traiçoeira da morte.
Olhos tristes, ainda são mais tristes com certeza,
Quando falta o pão no meio de tanta riqueza,
Vêem tanta coisa boa e nada podem comer,
Não são donos de nada, apenas têm o seu olhar,
Para se sentirem mais tristes onde não podem chegar,
Para verem com os seus olhos tristes à espera de morrer.
Olhos tristes, olham e apenas vislumbram os vazios,
Cheios de nada a serem tratados como vadios,
Torres e mais torres erguem – se à sua volta,
Ficam cercados num mundo que também lhes pertence,
Nem a sociedade que os ignora se convence,
Que precisam de pão, carinho que não se solta.
2008-Estêvão
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