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ONDE COMEÇA A ESPERA
Tipologia: Embrião,
quer seja esperado, ou não.
Sua condição: Gerado.
Tem Vida, não tem Passado.
Posto na fila de “Espera”,
espera... mas não desespera!
Espera alimento e conforto,
senão, pode nascer torto.
Na sua espera, assaz calma,
não tem conflitos de alma.
Nove meses, como ser,
dão-lhe a honra de nascer.
Um certo aperto no espaço,
fá-lo sair do embaraço.
Natus Sum! Aqui começa
uma reacção expressa
de várias formas. A espera,
- que antes de ser, já o era
no ventre de sua Mãe -
grita, mas não ouve... Amén!
E continua esperando
sem dela ter o comando...
porque “Veni, Vedi, Vici”
nem sempre funciona aqui.
É que a espera, essa raínha,
é lenta quando caminha.
Esperar... palavra assaz dura,
vira doença sem cura,
se quem de esperar se cansa
e o que quer... não alcança!
Estado normal: Esperar!
Entretanto... vimos passar
o tempo que nos foi dado
pra viver cá deste lado.
Não sei se lá, no Além,
iremos esperar também.
Esperámos para nascer.
Esperamos melhor viver.
Esperamos tudo, afinal.
Maldita praga geral!
Maria Letr@
2016-01-28
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Poesia :
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