a outrora bela...

A outrora velha

Uma palavra perdida no tempo;
Uma poesia morta numa folha;
Um desejo perdido no coração;

O tempo passa, e as folhas se vão...
Os pássaros cessam suas musicas...
A alegria se perde na mocidade...

Onde esta! Tão amado desejo...
Onde esta! Juras então eternas...
Onde estas! Que vos busco agora...?

Silêncio é a presença da sua ausência;
Tristeza, o som de meu arrependimento;
Lágrimas, única presença em minha vida...

Queria poder retornar ao tempo, e fazer:
De minhas risadas, um aceite a seu convite...
De meu pouco caso, um hino de verdade...
De minha beleza, um pedido de casamento...

Oh céu!
Choras comigo, junte vossas lágrimas;
Cante uma canção que me traga vida;
Renova minha mocidade, me dá vida...

Oh Sol!
Colore meus cabelos loiros de outrora;
Retorne meus dias e daí expectativas;
Aceite meu humilde pedido, traga ele...

Minhas mãos velhas não mais buscam...
Meus lábios antes belos, ora ressecados...
Minha beleza, hoje coisa de outrora...

A folha cai ao chão, e o vento a carrega;
A pluma velha o vento carrega esquecida;
A palavras antigas se perde na folha velha;

Não deixes ser folha e o vento me carregar...!
Não deixeis ser a pluma a ser esquecida...!
Não deixeis ser a folha a perder as palavras...!

De tudo que fui, nada sou...
De tudo que desejei, nada restou...
De tudo que brinquei, nada ficou...

O tempo partiu sem avisar de sua ida...
Os dias se foram sem haver despedida...
E meu único amor, cansou da esperar...

Sons, palavras, paixão, poesias e amor...
Os sons das palavras de paixão cessaram;
As poesias de amor cansaram e cessaram;
O eterno se cansou, foi e não me avisou...

Onde estas oh tempo a minha vida...!
Traz a bela jovem de outros dias...
Dá-me uma chance de voltar a tempo...

Tempo de dizer palavras certas...!
Tempo de fazer o que era esperado...!!
Tempo de amar e ser amada de verdade...!!!

Não renegue minha alegria ao passado;
Não destrua o que já nem mais sente...
Não finde o que já não tem mais vida...