Queda...

Queda...

O sol renega o homem a sua dor...
Sucumbe à agonia de seu espírito...
E assim as trevas devoram seu dia...

O que há para sorrir? O que há para viver?
O que há no silêncio senão dor e tristeza?
O que há na ausência a não ser a minha solidão?

Oh alegria de outrora! Oh anseio de outrora!
Levastes meus dias e meus sonhos, a vida...
Levastes o que nunca realmente existiu...

A lua companheira ilumina com suas sombras.
O vento acalenta com seus assobios solitários.
E o homem chora, chora como jamais chorou...

Pode o tempo com seus dias infinitos, fazer esquecer?
Pode a vida com sua experiência, fazer compreender?
Pode o silêncio sobrepujar o ecoar de minha dor?

Não, não pode...o tempo se perdeu diante minha dor.
...a vida perdeu seu sentido para mim.
...e o silencio é a agonia de meus dias.

Cadê a alegria de meus olhos?
Cadê o sorriso de meus lábios?
Cadê a certeza de meu coração?

Deus Pai de tudo, dê me algo pois perdi tudo...
Perdi a essência de tudo que me mantinha vivo...
Perdi o que só tu podes criar...o amor....

Oh dor infinita! Oh agonia de meu espírito!
Quanto um coração pode suportar de dor?
Quantos os olhos são capazes de chorar?
Quantos sonhos podem nascer e morrer...

Oh anseio! Oh doce anseio... Aonde fostes?
Aonde estas minha doce amada? Aonde?
Aonde fostes que meus olhos não mais lhe vem...