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Pó da Memória
Canso-me de ouvir o pó
Falar o que do tempo ficou.
Canso-me e sopro-o e ele espalha-se,
Ponto por ponto, imutável,
Que sempre ali estará,
Persistente,
Que sempre o soprarei,
Até que vá.
Porém, não quer ele partir.
É coberta onde se aconchega
A lembrança sonolenta.
E sacudo-a,
E novamente se espalha
Por ali e acolá.
Olhar remoto que observa,
Para sempre perdurar.
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segunda-feira, abril 20, 2009 - 21:47
Poesia :
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Comentários
Re: Pó da Memória
O pó é sempre um problema... e depois há quem lhe tenha alergia... xD
Obrigada a todos ^^
Re: Pó da Memória
O pó entranha-se em nós, bem fundo por vezes. No entanto, há aqueles que sujam por cima, e para tapar um revelam outro, e há aqueles que dão graças por ele existir pois assim sabem como não voltar a sujar.
Adorei...como sempre.
Bjo
Re: Pó da Memória
A estúpida mania que o homem tem de transportar a mochila do passado, principalmente se for mal passado.
Gostei
bjs